por Caio Coletti
O logo da britânica Ella McMahon, que atende por Ella Eyre na carreira musical, é o belo desenho de um leão vestindo uma coroa. O símbolo, que aprece em destaque nos vídeos para "Going On" (cover do Gnarls Barkley) e "Love me Like You", foi explicado pela cantora e compositora em entrevista para a Idol Magazine: “Sempre se referiram a mim como uma leoa, por causa do meu cabelo! E as pessoas também diziam que eu era intensa, mas também muito leal. Quando eu penso nos atributos de um leão, eu gosto de pensar que é o meu alter-ego. Especialmente quando performo ao vivo. Eu tenho muita energia e gosto de me movimentar pelo palco. Quando você pensa num leão, você pensa amor, lealdade, orgulho, e é sobre isso que o meu álbum é, basicamente”, ela cravou.
O tal alter-ego afeta também a musicalidade. Chupando influências dos atos musicais para os quais passou quase dois anos emprestando a voz (entre eles o Rudimental, no hit britânico “Waiting All Night” – abaixo), Ella faz uma mistura do neosoul de artistas ascendentes como Sam Smith e John Newman com as batidas frenéticas e a energia de projetos eletrônicos que estão dominando as paradas inglesas. O resultado é uma mistura sutil e eficiente, sobre a qual a cantora já declarou ter controle total. “Eu não consigo usar um computador nem se minha vida depender disso! Mas eu gosto de estar envolvida e dizer ‘hey, eu não gosto desses acordes’”, Ella confessou a Idol. “Eu deveria aprender a produzir porque metade do tempo nunca está do jeito que eu quero até eu me envolver. Eu sou um pouco mandona, então gosto de dar minha aprovação”.
Para uma introdução ao mundo da britânica, ouça aí embaixo o hit “Waiting All Night’, que lhe valeu o BRIT Awards de Single do Ano com o Rudimental, e o single “Deeper”, do EP de estreia que inclui as outras duas canções citadas lá no primeiro parágrafo.
A leoa britânica nasceu em Londres em 1º de Abril de 1994 (isso mesmo, ela tem só 20 aninhos!), de um pai jamaicano e mãe maltesa. O casal se separou quando Ella era bem nova, e o pai se mudou de volta para o país natal, para trabalhar como chef. A cantora poderia ter sido uma estrela da natação se não fossem os problemas no ouvido, que a impediram de continuar uma carreira promissora e a jogaram direto na BRIT School for Performing Arts, a mesma que formou estrelas inglesas como Adele – a quem a adolescente Ella Eyre assistiu maravilhada em 2011, no BRIT Awards. “Foi estonteante. (…) Eu filmei o telão e se você assistir, dá pra me ouvir chorando. Aquele foi um dos momentos em que eu pensei que adoraria fazer aquilo. Adoraria tocar as pessoas daquela forma”, ela confessou ao Evening Standard de Londres.
No mês passado, a cantora anunciou em entrevista que seu álbum de estreia deve sair ainda em 2014, e dois singles in-crí-veis já foram lançados. “If I Go” ganhou vídeo brilhante em que Ella e vários dançarinos se movimentam por uma sala que parece existir na ausência de gravidade. O efeito é maravilhoso, e realça uma das melhores canções que a inglesa já produziu, se aproximando bastante da sonoridade de hits do ano passado como "Love me Again", de John Newman (com quem a moça namorava até recentemente). O segundo single, “Comeback”, tem uma vibe mais desafiadora, mostrando um lado agressivo e vingativo de Ella e empolgando bastante.
“Eu gostaria de pensar que sou empowering. Com cada canção há uma mensagem, lirica e musicalmente”, ela disse à Idol. “No álbum, há momentos em que me sinto muito vulnerável. Eu sempre tive essa imagem de uma pessoa dirigindo para casa tarde da noite, sozinha, e uma das minhas canções aparece no rádio e ela diria, ‘É assim que eu me sinto. Alguém mais entende’. Eu tenho esses momentos com a música de outras pessoas, e gosto de ter esperanças que será o que as pessoas ouvirão quando conhecerem minhas músicas”.
Pra quem gosta de: John Newman, Sam Smith, Adele, Rudimental
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