25 de fev. de 2014

Review: The Blacklist, 01x14 – Madeline Pratt

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por Caio Coletti

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

“Didn’t sleep a wink”. Apesar da nossa frase da semana garantir que nada mudou em The Blacklist nessas semanas que a série passou “de férias” graças a transmissão das Olimpíadas de Inverno, alguns aspector de “Madeline Pratt”, novo e 14º episódio da temporada, testemunham o contrário. Para começar, dois nomes novos são trazidos para a roda de escritores e diretores responsáveis por The Blacklist: o roteiro é de Jim Campolongo (White Collar), e a direção de Michael Zinberg (The Good Wife). Que diferença isso faz? A perspectiva de dois iniciantes no projeto chega nesse momento da temporada para trazer ares novos a uma série que estaria muito mais garantida jogando no seu próprio campo.

Isso não significa que “Madeline Pratt” seja um episódio ruim, mas sim que alguns momentos da narrativa não se desenvolvem do “lado certo do pulp”, uma característica que faz muita diferença para The Blacklist. A trama da semana tem uma premissa muito bacana: a personagem título (Jennifer Ehle, de A Gifted Man) é uma famosa benfeitora que, nas horas vagas, realiza atividades criminosas e se engraça com o próprio Red. Ela reaparece na vida do personagem de James Spader num momento em que necessita de ajuda para roubar uma rara estatueta oriental onde, reza a lenda, esconde-se uma lista com o nome de seis agentes soviéticos infiltrados em solo americano (eles permaneceram ativos depois do fim da Guerra Fria, porque é claro que permaneceram).

A guest star Ehle tem seus momentos de brilhantismo, mesmo que o roteiro não a dê material realmente concreto para trabalhar. Suas melhores cenas são fazendo frente a Spader, e até a Megan Boone, com quem ela desenvolve uma química mais interessante do que os próprios diálogos sugerem. Por outro lado, as sutis melhoras que a série vem fazendo na sua própria constituição nos últimos episódios não são deixadas para trás, especialmente a que dá conta de inferir alguma autoridade mais concreta ao time do FBI que era constantemente ridicularizado por Red. Embora o personagem esteja de volta (brevemente) aos headquarters da força-tarefa, e a premissa seja ridiculamente não-realista para uma história de investigação decente, o Agente Cooper de Harry Lennix ainda se mostra mais dotado de iniciativa, e até divide um par de cenas conflitantes com Red em que os dois negociam como iguais.

“Madeline Pratt” não é um grande episódio como “The Cyprus Agency” foi, mas isso já era esperado – não se pode exigir de uma série como The Blacklist que esteja no topo do seu jogo todas as semanas. Com suas estreias no roteiro e na direção, de certa forma o capítulo soa um pouco incomum, ao mesmo tempo em que atinge todas as notas certas da própria constituição da série.

Observações adicionais:

- A trama Liz/Tom mais uma vez funciona, porque não tenta cutucar nenhum mistério maior e se mostra um ponto de equilíbrio para a personagem de Megan Boone. Além disso, Ryan Eggold é realmente muito melhor em ser o bom marido do que ser um mistério a desvendar.

- “He is not judge, jury and executioner. It’s not the way it works”

- O monólogo em que Red conta a Madeline a história da sua família não é só uma oportunidade para James Spader mastigar cenários, mas especialmente uma para a série desfilar seu senso de mistério, jogando dúvidas sobre a veracidade do que Red está contando.

- Last, but not least: James Spader fazendo uma imitação de um homem gay para tirar Liz de sérios apuros é absolutamente impagável.

✮✮✮✮ (3,5/5)

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Próximo The Blacklist: 01x15 – The Judge (03/03)

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