Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

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Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

4 de ago. de 2013

Na cola de Olly Murs para o clipe de “Right Place Right Time”

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por Caio Coletti

Há quatro anos no holofote dos palcos, Olly Murs construiu uma carreira não menos que estelar na sua Inglaterra natal, e não se deu tão mal na estréia do outro lado do Atlântico, ano passado com o álbum Right Place Right Time. Portanto, uma certa dose de auto-congratulação é mais do que perdoável, como no clipe homônimo ao álbum, lançado ontem (05).

A câmera acompanha Murs por cenas de sua última rodada de shows pela Inglaterra, de uma caminhada no deserto que fez acompanhado por câmeras, e ainda expoe um pouco da relação do astro com os fãs. Tudo misturado com cenas de arquivo que vão até 2009, quando o cantor participou do X Factor britânico.

2 de ago. de 2013

Review: Wilfred, 03x08 – Perspective

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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

“Porque eu deveria confiar em você?”, pergunta Ryan a Wilfred. “Porque não deveria?”, responde do homem em uma fantasia de cachorro. Os talentos de Wilfred como série são muitos, incluindo a habilidade de fazer qualquer um que tente teorizar sobre a série parecer com um enorme retardado. Mais do que isso, Wilfred é a única série da televisão americana hoje que se diverte tanto quanto (ou ainda mais) do que diverte o espectador com sua premissa absurda. Essa é uma série que não tem medo de fazer os espectadores sentirem-se manipulados: pelo contrário, é nessa manipulação que ela encontra seu maior triunfo.

“Perspective” é o melhor episódio dessa terceira temporada de Wilfred, e talvez seja o melhor de todos os anos da série, e o é por apenas um motivo: assim como a primeira entrada da trama em 2013, o episódio ganha pontos ao brincar não só com a própria ambiguidade de sua proposta, mas principalmente com as expectativas do espectador em relação a ela. Em uma era pós-Lost, “Perspective” deveria ser (ainda mais depois do colapso nervoso de Ryan na semana passada) um episódio de mitologia que sujeitasse o espectador a tensão quase insuportável para, no final, manter a dúvida fundamental pairando no ar. Agora, veja bem, não há nada de errado com isso, mas Wilfred simplesmente não está disposto a jogar esse jogo.

Durante os 20 minutos dessa semana, observamos Ryan em uma sessão de terapia com o psiquiatra interpretado por Lance Reddick, cuja habilidade em ser misterioso (notável em Lost e Fringe) mexe ainda mais com a “perspectiva” do espectador. O doutor quer testar um método inovador que leva os pacientes a experenciar momentos traumáticos do passado em busca de uma nova visão, e leva Ryan de volta ao dia em que seu pai fez a esposa se internar em um hospício. O escritor Kevin Arrieta vem direto de Padrinhos Mágicos, e a visão de Wilfred como um estudo de personagem intenso e ao mesmo tempo uma meta-comédia televisiva sem limites é refrescante.

Ah, e vemos Wilfred prestando homenagem a uma cena de O Clube dos Cinco então, de fato, esse é um episódio de televisão que ninguém pode deixar de ver.

***** (5/5)

WILFRED: Episode 8: Perspective (Airs Thursday, August 1, 10:00 pm e/p). Pictured: Lance Reddick as Dr. Blum. CR: Prashant Gupta/FX

Próximo Wilfred: 03x09 – Confrontation (08/08)

Caio

Review: “Phil Spector”, um filme sobre a Justiça (com letra maiúscula)

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No início de Phil Spector, telefime que a HBO exibiu em Março passado, a emissora mostra um letreiro que garante que a trama que o espectador está se preparando para ver é inteiramente ficcional, uma dramatização assumida de um fato real, e que não tem a intenção de “comentar o resultado do julgamento mostrado”. O aviso antes do início do filme é bem oportuno, porque David Mamet, roteirista e diretor, não tem tempo para deixar isso claro durante os 90 minutos de duração de sua obra. E também porque “comentar o resultado” do julgamento do personagem título realmente não é sua intenção. O interesse de Mamet está em temas mais amplos como o funcionamento da Justiça (com letra maiústica, para indicar o sistema judiciário, e não o valor abstrato) e o valor da verdade sob o olhar muitas vezes cruel do público.

A história real é bem conhecida: Phil Spector foi o produtor dos sonhos de qualquer artista durante os anos 60 e 70, promovendo a carreira de artistas até então desconhecidos e provendo momentos lendários a outros que já eram consagrados, tudo antes de se tornar um famoso recluso do mundo da música, se entocando em sua mansão até 2003, quando foi acusado do assassinato da jovem Lana Winters, encontrada morta em sua casa. O roteiro de Mamet é multifacetado no sentido em que consegue explorar ao mesmo tempo os meandros da Justiça e o estatuto da fama e do folclore que a mídia contemporânea cria em torno de uma personagem. Em muitos sentidos, nesse relato de parte do julgamento de Spector, as duas coisas se entremeiam e interceptam, criando uma narrativa concisa, competente e completa.

Claro, não é surpresa nenhuma que Mamet tenha feito um thriller inteligente. Seu diálogo impiedoso com o espectador pouco atento se delicia com os meandros legais e com os longos monólogos delirantes do personagem-título, sua direção mantem um visual cru e direto, sem firoulas de fotografia mas com uma identidade estética eficiente. Indicado ao Oscar por Mera Coincidência e responsável por títulos pouco vistos mas muito celebrados como Spartan e Cinturão Vermelho, Mamet é um diretor-autor na melhor definição da expressão. E um excelente guia para seus atores também, é claro. Helen Mirren crava nas mãos dele uma de suas melhores atuações, e isso não é dizer pouco: o talento da dama britânica estende-se aqui para uma personagem com determinação de ferro, e Mirren emerge nesse período de inferno pessoal da mulher que interpreta com confiança.

Al Pacino, como de costume, é um capítulo a parte. O pendor para a dramaticidade que domina a fase pós-Perfume de Mulher do ator (nossa teoria é que, com o Oscar já nas mãos, ele só quer se divertir) é a abordagem perfeita para o personagem Phil Spector. David Mamet trata a personalidade gigantesca da criatura que coloca em tela como um objeto de estudo fascinante e sutil, um mistério interminável que não é feito para ser desvendado. Não dentro desses 90 minutos, pelo menos. Spector transborda e transcende o filme em que está posto, e o mesmo faz a interpretação sublime de Pacino. É excitante assistir um dos melhores atores de todos os tempos achar o personagem certo para sua grandeza, mas mais excitante ainda é o fato que Phil Spector, o filme, é maior do que ele. Maior até do que a história real que conta. É uma defesa inteligentíssima do direito universal da inocência presumida.

***** (4,5/5)

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Phil Spector está indicado a 11 Emmys, incluindo:
- Melhor Roteiro para Minissérie, Filme ou Especial Dramático (David Mamet)
- Melhor Direção para Minissérie, Filme ou Especial Dramático (David Mamet)
- Melhor Ator em Minissérie ou Filme (Al Pacino)
- Melhor Atriz em Minissérie ou Filme (Helen Mirren)
- Melhor Minissérie ou Filme

Caio

A festa na floresta de Birdy no clipe de “Wings”

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por Caio Coletti

A agilidade de Birdy para lançar a carreira é coisa de profissional. Além de não enrolar muito depois do sucesso do álbum de covers em 2011, a moça demorou só 10 dias entre a divulgação do primeiro single próprio, “Wings”, e o lançamento do clipe hoje (02). O bom é que a empolgação dos fãs continua a mesma, especialmente com um clipe lindíssimo como esse, mostrando a cantora em meio a uma espécie de festa à fantasia com clima shakespeariano (não posso ter sido o único a pensar em Sonhos de Uma Noite de Verão).

“Wings” serve de preview para o primeiro álbum de inéditas da moça, intitulado Fire Within, previsto para 23 de Setembro na Inglaterra, e ainda sem previsão de lançamento nos EUA. Além de “Wings”, uma faixa chamada “No Angel” está confirmada na tracklist do álbum da moça de apenas 17 anos.

1 de ago. de 2013

Jordin Sparks está de volta (sim!) com a gostosinha “Skipping a Beat”

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por Caio Coletti

De uma das melhores estreias de vencedoras do American Idol à “namorada do Jason Derulo” (com ela na foto aí em cima), Jordin Sparks pode não fazer o mesmo barulho que fazia em 2007, quando saiu com seu primeiro álbum, mas ainda é uma cantora e tanto. “Skipping a Beat” é o nome da faixa que a cantora postou hoje (01) no Soundcloud.

Sparks havia prometido para hoje o primeiro single de seu terceiro álbum, que está em desenvolvimento desde 2011 (alguém se lembra do alarme falso com a ótima "I Am Woman"?), mas ou os planos de promoção mudaram, ou a anunciada “Before it Breaks”, com a participação de Derulo, sai ainda hoje.

10 candidatos fortes ao Oscar 2014 que você pode ficar de olho desde já!

jennifer-lawrence-daniel-day-lewis-oscars-2013Os atores vencedores do Oscar 2013, da esquerda para a direita: Daniel Day-Lewis (Melhor Ator por Lincoln), Jennifer Lawrence (Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida), Anne Hathaway (Melhor Atriz Coadjuvante por Os Miseráveis) e Christoph Waltz (Melhor Ator Coadjuvante por Django Livre)

por Caio Coletti

Nem só no início do ano os cinéfilos vivem e respiram Oscar. O site Termômetro Oscar é bom exemplo de que mesmo quando ainda nem entramos na corrida oficial da premiação, já dá para começar a prever os indicados da Academia. Como nós d’O Anagrama somos cinéfilos e temos opinião, separamos 10 das apostas mais prováveis do pessoal de lá para que você já fique de olho e monte sua torcida para o ano que vem.

American Hustle
Estreia: 25 de Dezembro

David O. Russell está virando o novo queridinho da Academia, e nesse American Hustle aposta no combo de astros que estrelou seus dois últimos projetos: Christian Bale e Amy Adams de O Vencedor, Jennifer Lawrence e Bradley Cooper de O Lado Bom da Vida. Adicione Jeremy Renner, Robert DeNiro, Michael Peña e Louis C.K. e você tem o filme com o elenco mais cool de 2013, contando a história de um grupo de vigaristas que é chantageado a trabalhar com o governo para capturar outros criminosos.

O Termômetro aposta: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original.

O que a gente acha: Se o tema não assustar os votantes, American Hustle pode cavar as três vagas sugeridas pelo Termômetro, mas o certo mesmo é que Amy Adams vá conseguir a quinta indicação como Atriz Coadjuvante, e Jennifer Lawrence pode encontrar seu lugar na concorrida categoria de Atriz. Menos provável, mas possível, são os nomes de Bale e Renner como Ator e Ator Coadjuvante, respectivamente.

Saving Mr Banks
Estreia: 20 de Dezembro

O pedrigree é bom, com John Lee Hancock, que viu seu drama de esportes Um Sonho Possível render o prêmio de Melhor Atriz para Sandra Bullock, dirigindo uma história sobre a criação de um clássico dos estúdios Disney, no qual um dos personagens principais é o próprio Walt. É mais que provável que a Academia vá cair de amores pelo filme, especialmente com o sempre amado Tom Hanks na pele do fundador da Disney e Emma Thompson como a escritora P.L. Travers, autora dos livros que geraram Mary Poppins.

O Termômetro aposta: Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro Original.

O que a gente acha: A reverência da Academia pelo velho Walt pode render a indicação a Melhor Filme, e Tom Hanks e Emma Thompson são apostas fortes para Ator e Atriz. Com muita sorte, até Hancock crava uma indicação a Melhor Diretor. Só o que não inspira confiança é o roteiro assinado por duas estreantes, vindas da televisão.

Fruitvale Station
Estreia: 26 de Julho

As surpresas indie do Oscar normalmente são menos antecipadas, mas o hype em torno de Fruitvale Station é tanto que fica difícil acreditar que não alcance os votantes da Academia. Vencedor de dois prêmios no Festival de Sundance e de um em Cannes, a estreia do diretor/roteirista Ryan Coogler retrata a noite de revellion de Oscar (Michael B. Jordan, de Parenthood) e a violência súbita em um carro do metrô que afeta a ele e a vários outros personagens, incluindo a mãe interpretada por Octavia Spencer.

O Termômetro aposta: Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante.

O que a gente acha: Se a Academia for adotar o filme como o queridinho indie do ano, vai ser em mais categorias do que as sugeridas pelo Termômetro. A indicação a Melhor Filme e a presença de Octavia como Atriz Coajuvante são apostas certas, mas é bem possível que Coogler entre na disputa de Melhor Diretor, e Jordan fique com o posto de zebra na categoria Melhor Ator.

Inside Llewyn Davis
Estreia: 06 de Dezembro

Desde que caíram nas graças da Academia com Barton Fink, de 1990, os Irmãos Coen se viram entre os indicados do Oscar (seja pela direção ou pelo roteiro – ou pelos dois!) outras seis vezes, e Inside Llewyn Davis é a primeira chance concreta de vitória de Joel e Ethan desde que levaram tudo em 2007 com seu Onde os Fracos Não Tem Vez. Premiado com o troféu do júri em Cannes, o novo tomo dos Coen conta a história do fracassado personagem título, um cantor de folk dos anos 60.

O Termômetro aposta: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Original.

O que a gente acha: Se entrar como Melhor Filme (o que a essa altura é bem provável), Llewyn Davis traz de reboque as indicações dos Coen em Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. A aposta em John Goodman, um consagrado queridinho da América que ainda não tem um Oscar, é razoável, mas é preciso dar espaço a Oscar Isaac (Melhor Ator), cuja atuação no papel principal causou rebuliço em Cannes.

The Wolf of Wall Street
Estreia: 15 de Novembro

Da última vez que Martin Scorsese dirigiu uma biografia, nós tivemos O Aviador. Agora, sem notícias de nenhum filme de Clint Eastwood para atrapalhar, The Wolf of Wall Street tem tudo para se tornar o papa-tudo do Oscar 2014. Adaptado do livro auto-biográfico de Jordan Belfort, um investidor americano que foi do auge ao fundo do poço em tempo recorde, o filme é escrito por Terrence Winters, de Familia Soprano e Boardwalk Empire. Scorsese escalou Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Matthew McConaughey, Jon Favreau, Jean Dujardin, Rob Reiner e Spike Jonze.

O Termômetro aposta: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator.

O que a gente acha: As três indicações dadas pelo termômetro são barbada, e vamos concordar que esse foi o ano de Leo DiCaprio (e que o tempo de dar ao moço a sua estatueta já até passou). Nós apostariamos também no trabalho de Winters na categoria Melhor Roteiro Adaptado e em Matthew McConaughey, que já merecia indicação no ano passado, como Melhor Ator Coadjuvante.

August: Osage County
Estreia: Janeiro de 2014

Terceira peça própria que Tracy Letts adapta para o cinema (ele assinou Os Possuídos e Killer Joe), August: Osage County é um drama de família que conta com um elenco sensacional para conquistar os votantes da Academia. O destaque, como sempre, é Meryl Streep no papel da matriarca da família, enquanto Benedict Cumberbatch, Julia Roberts, Ewan McGregor, Abigail Breslin, Juliette Lewis, Dermot Mulroney, Chris Cooper, Sam Shepard e Margo Martindale completam o elenco comandado por John Wells (Shameless).

O Termômetro aposta: Melhor Atriz (Meryl e Julia).

O que a gente acha: É tudo uma questão do quanto os votantes da Academia estão dispostos a favorecerem o inesperado esse ano. August pode entrar até para Melhor Filme e, especialmente, Melhor Roteiro Adaptado.  As duas indicações sugeridas pelo Termômetro são mais ou menos certas,

Ain’t Them Bodies Saints
Estreia: 16 de Agosto

Se Fruitvale Station falhar, esse Ain’t Them Bodies Saints está esperando na fila para ser a zebra do ano no Oscar. A estreia em longas-metragens do celebrado diretor/autor de curtas David Lowery passou como um furacão pelo festival de cinema independente de Sundance, levando prêmios de Melhor Filme e Fotografia. A história acompanha o fora-da-lei vidido por Casey Affleck, que escapa da prisão para reencontrar-se com sua amada (Rooney Mara) e a filha que ele nunca conheceu.

O Termômetro aposta: O filme está listado na “repescagem” de quase todas as categorias.

O que a gente acha: No momento, o status de Ain’t Them Bodies Saints é esse mesmo: na lista de espera. Mas o filme ainda não estreou nos cinemas comerciais americanos, e o hype pode mudar até o final do ano. Com sorte, veremos uma indicação a Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e até Melhor Ator para Casey Affleck.

Captain Phillips
Estreia: 11 de Outubro

A gente não perde esperanças de que um dia a Academia reconheça o gênio de Paul Greengrass. O homem que ressuscitou o cinema de ação inteligente com os dois capítulos derradeiros da trilogia Bourne original, e o britânico que realizou retratos pungentes e tensos de dois momentos da história americana com Zona Verde e Vôo United 93 (sua única indicação ao Oscar de Melhor Direção até hoje), agora escolhe outra história real para contar: o sequestro por piratas somali do navio americano Alabama, comandado pelo Capitão Phillips do título (Tom Hanks).

O Termômetro aposta: É outro que está na “repescagem”.

O que a gente acha: A nossa torcida está toda ao lado de Paul Greengrass e uma indicação para Melhor Diretor, mesmo que não seja dessa vez que ele leve a estatueta para casa. Hanks não vai competir consigo mesmo, e a Academia vai preferir lembrá-lo em Saving Mr. Banks, mas seria bacana ver Billy Ray, o homem que escreveu Plano de Vôo e Intrigas de Estado, indicado para Roteiro Adaptado.

Diana
Estreia: 25 de Outubro

Oliver Hirschbiegel passou perto do Oscar com seu A Queda! em 2004, mas desde que se instalou em Hollywood não tem emplacado exatamente as melhores escolhas. Diana tem tudo para ser uma mudança da maré, centrando nos dois últimos anos de vida da Princesa de Gales e em sua polêmica morte acidental (ou não?). O filme talvez seja um veículo para alçar Naomi Watts ao primeiro time de grandes atrizes, mas o envolvimento do roteirista Stephen Jeffreys, cujo primeiro e último filme foi O Libertino, sugere que a produção tem algo de especial.

O Termômetro aposta: Melhor Atriz.

O que a gente acha: Que esse ano é de Naomi Watts ninguém duvida, e provavelmente nenhuma outra atriz é capaz de tirar a estatueta das mãos da moça, especialmente com a Academia fresca de uma indicação para ela por O Impossível. Há sempre a possibilidade de que o bom currículo de Hirschbiegel lhe dê uma vaga em Melhor Diretor.

The Fifth Estate
Estreia: 18 de Outubro

Ok, a gente vai admitir: guardamos o nosso preferido para o final. The Fifth Estate é o filme que dramatiza a jornada de Julian Assange, criador do WikiLeaks, site que libera informações confidenciais dos governos para o público. A debatidíssima iniciativa ganha as cores sempre elegantes de Bill Condon (Amanhecer – Parte I e II), e marca também a estreia cinematográfica de Josh Singer, que escreveu para Fringe e Lie to Me. Benedict Cumberbatch, Stanley Tucci, Daniel Bruhl, Carice van Houten, Laura Linney e David Thewlis estão no elenco.

O Termômetro aposta: Na “repescagem” para Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado.

O que a gente acha: A Academia não pode passar esse ano sem indicar Benedict Cumberbatch. Ponto. Aqui ele interpreta um personagem real e notável, ao contrário de em August: Osage County, então nossa aposta fica com The Fifth Estate. Ficaríamos mais do que felizes em vê-lo também lembrado em Melhor Filme.