Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

Drake, Lorde e Goldfrapp são apenas três dos artistas que chegaram arrasando na nossa lista.

Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

30 de abr. de 2012

SUA.

por Fabio Christofoli
(Clube do Camaleão)

A situação é essa.

Fulano vai sair. Desde já ele anuncia aos quatro ventos que vai sair. Posta mil mensagens nas mil redes sociais que participa. Fala pra quem pode na rua. Todos sabem que ele vai sair.

No aquece ele começa a postar fotos. Continua anunciando. Está com os amigos, mas não desgruda do celular ou (na hipótese mais absurda) do note. Chega a conversar com pessoas, ainda falando que vai sair.

Durante a festa, tira fotos, sempre pensando na pose, na roupa, no cabelo e nas companhias que vão aparecer daqui a pouco no seu Facebook. Ele faz pensando no depois. Esquece o agora.

Se acha uma bebida, faz questão de registrar. Todos têm que saber que ele sai. Todos têm que saber que ele bebe. Todos têm que saber que ele vive.

Mas ele não vive.

Não para si. Vive para os outros, que até acreditam que ele vive, e passam a entender que também devem fazer o mesmo, passam a viver para os outros. E tudo isso se transforma num ciclo sem fim, de pessoas que vivem para as outras pessoas.

Até acredito que Fulano se divirta, mas duvido que faça isso plenamente. Tenho certeza que falta algo a ele, que talvez ele nem saiba que falta... mas sente falta. É aquele tal vazio que a sociedade tanto reclama, que multiplica o depressivos pelo mundo. É aquela sensação de desconforto, que indica que  falta algo. E falta! Falta a NOSSA vida. O que realmente queremos ser e curtir. Há pessoas que vivem tanto para os outros que já nem lembram do que gostam. Simplesmente entraram no automático. Sinto pena delas.

É claro que é normal querer fazer parte do grupo. Eu mesmo me flagro fazendo coisas mais pela convenção social do que por mim (tipo dançar...). Seria um hipócrita se dissesse que não. Duvido que alguém seja totalmente independente. Se existe, penso que essa pessoa é solitária e infeliz.

Minha crítica é ao exagero. É ao fato da vida estar se tornando propriedade coletiva. É aquela pessoa que vive preocupada com o que os outros vão pensar e age para que eles aprovem tudo que ela faz. Tá errado! E isso digo com propriedade. TÁ ERRADO!

Somos 7 bilhões de pessoas, vivendo uma vida, que não tem dia marcado pra acabar. Não consigo imaginar um sentido pra vida se não o de ser relevante. Nem todos vão atingir o sucesso, mas todos podem brilhar de diferentes formas. Brindar sua existência com uma dose de autonomia, de felicidade própria.

Não vejo nada mais divertido do que fazer aquilo que se gosta. Eu, por exemplo, tenho 27 anos e adoro mangás e animes. A cultura geral deve achar uma babaquice isso, mas to andando pra o que eles acham. Não tenho vergonha alguma de tirar meu mangá pra ler no ônibus rumo à faculdade. Sou feliz assim!  Pois nada é mais legal do que ter seu próprio jeito de ser.

Pra finalizar, lembro de uma música do Pato Fu que resume o que penso. Meu trecho preferido é esse...

“Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente”

Viva SUA vida.

Fabio Christofoli escreve todo último dia do mês.

28 de abr. de 2012

Sobre… – Liberdade pode ser demais?

liberty

por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Em texto publicado na Folha de S. Paulo em 11 de Abril último, Élcio Verçosa Filho, artista multimídia brasileiro na ativa desde 1995, defende que levamos o conceito de “tolerância”, em nosso pensamento contemporâneo, longe demais, constatando em sua conclusão que “gloriamo-nos em não estar nem aí”, hoje em dia, para o que é bom ou ruim, aceitável ou não, “grande” ou “pequeno” do ponto de vista do mérito. A sentença pode parecer inofensiva, mas é o primeiro passo para iniciar uma dicussão muito maior: conceitos irmãos (siameses, eu diria), tolerância e liberdade podem ser demais?

Filosoficamente contestada, a liberdade foi dividida pelo pensador Isaiah Berlin em dois preceitos diferentes na sua seminal obra Two Concepts of Liberty: a liberdade positiva seria aquela que garante ao indíviduo o direito e as condições de ser auto-suficiente para buscar a realização completa de seus desejos; a negativa envolve, segundo o conceito de Berlin, “uma resposta para a questão ‘qual é a área na qual o sujeito é ou deveria ser deixado livre para ser ou fazer o que ele pode ser ou fazer, sem a interferência de outras pessoas?’”. Outro filósofo, Gerald MacCallum, tentou conciliar os dois conceitos em um só: “x é/não é livre de y para fazer/não fazer ou se tornar/não se tornar z”. A questão, então, passa a ser a extensão que deve assumir esse “y”.

Colocado contra a parede em entrevista ao USA Today em 2003, quando ainda nem era pré-candidato republicano a presidência (em uma campanha da qual desistiu recentemente em favor da candidatura de Mitt Romney), o republicano Rick Santorum revelou que, segundo a sua visão, o “direito à privacidade” e, portanto, a liberdade na vida privada, era algo “inventado”. Ele explica: “esse direito foi criado em Griswold (caso histórico da justiça americana em que a Suprema Corte inconstitucionalizou uma lei de proibição ao uso de contraceptivos), e agora nós estamos o estendendo. (…) Você diz, bem, é minha liberdade individual. Sim, mas ela destrói a base da nossa sociedade, porque ela inclui comportamentos que são anti-éticos para famílias fortes e saudáveis. Que seja poligamia, adultério, homossexualidade, tudo isso é anti-ético para uma família saudável, forte e estável”.

O problema com a declaração de Santorum é o mesmo que o do artigo de Verçosa, ainda que as consequencias dos mesmos sejam tão desproporcionais: enquanto Santorum julga, deliberadamente, o que é uma “família saudável, forte e estável” (formada por um casal heterossexual e monogâmico, entre outras coisas), Verçosa parece nos querer dizer que sabemos, sim, o que é “bom” e o que é “ruim”. Em certo ponto do seu texto, ele chega a dizer que “sabemos, para além de toda pose relativista, que Bach é, no campo da música, maior, ‘mais grande’, mais digno de louvor e imitação que Michel Teló”. Acusa-nos, como geração, portanto, de tolerância demasiada. Sugere-nos, logo, que não toleremos quem ouça Michel Teló, e não Bach? Essa “intolerância” é condição fundamental para que possamos reconhecer a “grandeza” do compositor erudito? É preciso, mesmo, diminuir um para engrandecer o outro?

O preceito do “toleramos tanto que não reconhecemos mais o mérito” é falho em especial quando se o estende para outras áreas de influência. Lutando na justiça britânica pelo direito ao suicídio assistido, Tony Nicklinson, cujo caso o Estado de S. Paulo destacou em Março,  deveria ser julgado por querer morrer? Deveria ser ser considerado menos digno de louvor que o jornalista Jean-Dominique Bauby, que sofreu da mesma síndrome e publicou o livro O Escafandro e a Borboleta, ditado apenas com o olho esquerdo? Até que ponto a falácia do “liberdade demais” resiste ao direito inviolável de uma pessoa fazer o que bem entender da própria vida?

Jane Nicklinson with husband Tony Nicklinson at home in Melksham, Wilts. A father-of-two with "locked in" syndrome says he will go to Swiss clinic Dignitas to die - unless the British Government changes the law on assisted suicide. Civil engineer Tony Nicklinson, 56, lost all movement in his body from the neck down after suffering a sudden catastrophic stroke on a business trip to Greece in 2005. The helpless husband is confined to a wheelchair and can tragically only communicate through moving his head and eyes. Now he says he wants wife Jane, 55, to help him in a "mercy killing" - or the determined dad will fly out to the assisted dying group Dignitas in Switzerland. See swns story SWLOCK , 17 Dec 2010.

26 de abr. de 2012

Vamos sentir sua falta, New Directions.

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por GuiAndroid
(TwitterTumblr)

Há três anos, nós conhecemos o elenco da que viria a se tornar uma das - ou talvez A maior - série musical já produzida, e que agora nos diz adeus. Uma série com temas polêmicos e muita criatividade a cada novo episódio, sempre tentando mostrar como conviver com as diferenças e como superá-las.

Mr. Schuester, Rachel, Finn, Quinn, Kurt, Blaine, Mercedez, Santana, Brittany, Tina, Mike, Artie, Puck & Sam. Esses são os nomes dos personagens que preencheram cada capítulo da série com seus dramas sociais e psicológicos. Juntamente com a proposta do diretor Ryan Murphy, encontramos um pedacinho de nós em cada um deles. Desde ser alguém e fazer seu talento ser reconhecido, até aceitar a si próprio (seja fisicamente ou sexualmente).

Com o fim desta terceira temporada da série, o elenco irá se renovar, os nossos grandes companheiros das noites repletas de músicas que tocaram nossos corações, que agitaram nossos pés ou que derramaram nossas lágrimas, infelizmente darão lugar a um novo elenco.

Sentiremos falta do romance complicadamente clássico de Rachel e Finn, da língua afiada de Santana e de seu namoro com a inocente Brittany, sentiremos mais saudade ainda dos solos de Mercedez, do amor de corredor de Kurt e Blaine, sentiremos saudade da conturbada e incrivelmente talentosa Quinn, falta até dos movimentos fluidos de Mike, de Tina cantando ABC do Michael Jackson, sentiremos falta de todos.

Pois com Glee nós (fãs) crescemos com o elenco, nos aperfeiçoamos, mudamos nossas maneiras de pensar, melhoramos nosso gosto musical. E pessoalmente, as noites e tardes que passei vendo Glee são memórias que faço questão de guardar com um dos melhores momentos da minha vida, momentos onde me senti parte de algo de importante, onde me senti especial por menor que fosse o motivo, me senti como se alguém do outro lado soubesse como eu me sinto e soubesse exatamente como me ajudar a superar isso, sem que eu tenha que ao menos falar sobre. Me senti “Um perdedor como eles” como diz a música Loser Like Me.

Graças ao New Directions, nós jamais “deixaremos de acreditar” em nossos sonhos e “continuaremos aguentando firme”. Obrigado, New Directions!

Florence e sua “Breath of Life” para a trilha de Branca de Neve e o Caçador.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

O Florence + The Machine lançou ontem (dia 25), oficialmente, durante a performance no The Voice americano, a canção “Breath of Life”, que fará parte da trilha-sonora do filme Branca de Neve e o Caçador, marcado para estreia brasileira em 1º de Junho. Florence cantou o single “No Light, No Light” para os jurados do programa.

O hype em torno do filme, atualização do conto de fadas adaptado por Walt Disney em 1937, só faz aumentar. Capitaneado por Rupert Saunders, diretor estreante, o filme conta com roteiro de John Lee Hancock (Um Sonho Possível), Hossein Amini (Drive) e do novato Evan Daugherty. Kristen Stewart interpreta Branca de Neve nessa trama que a coloca ao lado do Caçador (Chris Hemsworth, Thor em pessoa) contra a tirania da Rainha (Charlize Theron).

O trailer da produção destaca a atuação de Charlize, que parece pronta para roubar a cena, e os efeitos especiais de ponta. No elenco também estão Toby Jones (O Nevoeiro), Ray Winstone (Hugo Cabret) e Nick Frost (Todo Mundo Quase Morto).

O Foster The People finge de morto em “Houdini”.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Os garotos de Los Angeles, que fizeram de “Pumped Up Kicks” uma das canções mais notáveis do ano passado, chegam a marca do quinto single do bem-sucedido álbum de estreia com “Houdini”. A canção segue o estilo das que fizeram o grupo cair no gosto do público mais indie, ainda que a produção seja muito mais incrementada do que costuma ser a das bandas desse nicho. Sintetizadores e ganchos grudentos fazem parte, como sempre, do repertório.

O clipe, para tentar explicar sem estragar nenhuma surpresa, mostra toda uma estrutura de produção que é montada em torno da banda quando um acidente acontece durante as gravações de um clipe. Metalinguagem pura e muita criatividade, além de uma crítica ferina ao “vazio” por trás das fachadas bonitas do jogo do pop.

Torches, o álbum, foi indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Música Alternativa, mas acabou perdendo para o rouba-cenas do ano, o músico Bon Iver.

Quantos Eldorados de Carajás ainda virão?

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por Luciana Lima
(Blog Pessoal)

“XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social”

Nesse mês de abril, dia 17 pra ser mais exata, o Massacre do Eldorado dos Carajás completou 16 anos, e passadas quase duas décadas da barbárie, ao olharmos para o campo, nos dias atuais vemos que as coisas não mudaram muito.

A reforma agrária sempre foi um problema para o qual o Brasil fechou olhos e preferiu ignorar. Desde a época em que éramos colônia, as terras brasileiras estão nas mãos de oligarquias dominantes, ora senhores de capitanias hereditárias, ora grandes produtores de monocultura, e nenhum dos presidentes que passaram por nosso planalto quiseram colocar a mão nesse vespeiro. Até mesmo Lula, que levantava essa bandeira, nada fez em sua gestão.

A terra é um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento de qualquer indivíduo e a luta pela reforma agrária envolve aspectos econômicos, políticos e sociais. A luta pela questão da terra já exterminou muitas pessoas e o massacre do Eldorado dos Carajás é apenas um caso emblemático, que ficou marcado na história, porém massacres dos Carajás acontecem todos os dias, em diversas cidades do Brasil, com outras pessoas, mas com o mesmo contexto e brutalidade.

A concentração de terra na mão de uma elite agrária, que muitas vezes a concebeu de forma fraudulenta, é baseada em alianças políticas, influências econômicas e pelo uso da força; muitos policiais do campo, por exemplo, trabalham como jagunços de fazenda nas horas extras. Esses três fatores criam uma rede altamente amparada, fazendo com que a guerra no campo aconteça de forma desleal e absolutamente injusta. Prova disso é que até hoje, por exemplo, os dois coronéis acusados de serem mandantes da chacina ainda continuam impunes, contando com o auxílio de nossas leis falhas e do desinteresse do poder público.

Para completar o quadro alarmante, fora todos esses crimes, muitos ainda exploram mão de obra de uma forma não contratual, chegando ao limite da escravidão contemporânea e submetendo os trabalhadores a condições subumanas.

Além de causar problemas no campo, a reforma agrária também reflete na vida nas grandes cidades: o grande êxodo de pessoas que migram em larga escala do campo, faz com que as cidades superlotem, se urbanizem de forma selvagem e desestruturada e acabem por não comportar essas pessoas, causando assim a marginalização e como consequência a criminalização em alta e a degradação dos centros urbanos.

Como visto, a reforma agrária e as lutas no campo, que ao vermos pela televisão nos parecem tão distantes e algo do qual não fazemos parte, estão presentes nos problemas das “cidades inchadas”, que sofremos diariamente. Além disso, como cidadãos, não podemos assistir pacificamente a essa guerra, como se assiste a um filme de faroeste, e fingir que nada está acontecendo. Um dos passos para o país justo e “de todos” que nós almejamos é garantir o acesso a terra de forma igualitária e sem, como sempre, o domínio de poderosos e influentes. Por fim a minha pergunta, retórica até, é a seguinte: Quantos Eldorados dos Carajás precisarão vir para que o espírito de revolta se fortaleça e dê frutos em cada um de nós?

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Luciana Lima escreve todo dia 26.

25 de abr. de 2012

AV #3: Os lançamentos que não podem passar em branco.

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“So Hard to Breathe” se juntou as faixas do Strange Clouds, próximo álbum do rapper, cantor e multiinstumentista B.o.B., que já podem ser ouvidas online. A canção de letra pesada e honesta faz um bom par com "Where Are You", disponível no YouTube desde 19 de Março. Em ambas, B.o.B. versa sobre a virada em sua vida que o ótimo The Adventures of Bobby Ray, de 2010, provocou. A diferença é que “So Hard to Breathe” é levada pelo violão, enquanto “Where Are You” ganha uma bela linha de piano.

Strange Clouds tem lançamento previso para 1º de Maio. Também já se pode ouvir a faixa-título, "Strange Clouds", "Play The Guitar", "So Good" e "Ray Bands".

Liberado no último dia 19, o vídeo para o single “Only The Horses”, do Scissor Sisters, traz cavalos branco puxando cordas que eventualmente liberam uma explosão de cores no meio do deserto. Nada mais representativo do que a banda nova-iorquina traz para esse universo pop, ainda mais com a co-produção de Calvin Harris (“We Found Love”), que parece ser o nome do momento na área. O single precede o quarto álbum da banda, Magic Hour, marcado para lançamento em 28 de Maio.

“My Kind of Love” é o quarto single oficial do álbum de estreia da britânica Emeli Sandé, Our Version of Events. No vídeo, Sandé se vê as voltas com uma irmã (ou seria namorada?) que sofre de câncer. A canção, unanimamente uma das melhores do álbum, traz a cantora e compositora no topo de seu jogo vocal, emprestando inspiração, mais do que nunca, do soul e da música gospel americana para apoiar uma composição melodica e lirica bastante forte. Piano e corais são os destaques.

Segunda colocada do XFactor britânico em 2010, Rebecca Ferguson faz de “Glitter & Gold” o terceiro single de seu álbum de estreia, Heaven, lançado em Dezembro último. A clara semelhança da voz e do estilo da cantora com nomes como Aretha Franklin continua aqui, seguindo um caminho menos romântico que as canções de trabalho anteriores, "Nothing's Real But Love" e "Too Good to Lose". A abordagem do vídeo é crítica, seguindo o rastro de uma letra sobre o caráter efêmero dos bens materiais.

Paranóia é a palavra de ordem em “Sunday Drive”, segundo videoclipe do Anxiety, disco mais recente da neo-zelandesa Ladyhawke. O vídeo mescla cenas da cantora presa em um porta-malas, tocando guitarra, e takes em preto-e-branco, simulando uma câmera de mão que parece persegui-la pelas ruas. A canção faz parte da tendência do álbum de destacar as guitarras em desfavor dos sintetizadores que dominavam o disco de estreia, mas tem um dos refrões mais grudentos do Anxiety.

“How Deep is Your Love?” é a terceira canção do In The Grace of Your Love, último álbum de estúdio do The Rapture, a ganhar um vídeo. O clipe é o que escancara as influências da música negra americana, e especialmente a gospel, nessa nova gravação dos nova-iorquinos que começaram em 1999 recebendo o rótulo de “dance-punk” com o álbum Mirrors. Mais domesticado talvez, o The Rapture continua arriscando musicalmente, e letras e voz do frontman Luke Jenner continuam impecáveis.

Álbum do momento:

Love is a Four Letter Word (Jason Mraz)

Apesar da grata surpresa que foi a spirit-lifting, mas de certa forma um tanto quanto melancólica “I Won’t Give Up”, Jason Mraz ainda tem a praia em suas veias, e esse Love is a Four Letter Word não deixa de lado essa verve. Apesar de esquemática, "The Freedom Song" é a canção com maior potencial para se tornar a próxima “I’m Yours”. Jason talvez ganhasse um pouco, no entanto, em mostrar seu lado mais denso para o grande público, e há grandes canções aqui para fazer isso. "93 Million Miles", "Frank D. Fixer" e "The World As I See It", além da já aventada "Everything Is Sound" mostram boas letras e experimentação musical de primeira.

Próximos lançamentos:

◘ Marina & The Diamonds lança o segundo álbum de estúdio, Electra Heart, dia 30 de Abril, mas já dá pra ouvir uma boa parte dele: "Fear and Loathing", "Radioactive" (e sua versão acústica), "Starring Role", "Homewrecker" (e acústica), "Primadonna" (igualmente servida de seu acústico), e a exclusivamente unplugged "Lies".

◘ Norah Jones, para a felicidade de nossas unhas roídas de ansiedade, libera o Little Broken Hearts em 1º de Maio. Já falamos do primeiro single, "Happy Pills", por aqui.

◘ O Keane lança Strangeland, quarto álbum de estúdio, dia 7 de Maio. "Silenced By The Night" e "Disconnected" são os singles que o precedem.

Notas de rodapé:

"Every Night I Say a Prayer" é a segunda demonstração do vindouro segundo álbum da Little Boots, ainda sem data nem título. O clima disco é acertadíssimo.

◘ Saiu uma segunda versão para "Hit The Lights", single do Selena Gomez & The Scene. A segunda edição do vídeo vem com cenas mais noturnas.

◘ Cheryl Cole (que agora é só Cheryl), lançou "Call My Name" para preceder o terceiro álbum-solo, A Million Lights, marcado para 18 de Junho. A nova canção tem a mão do DJ britânico Calvin Harris na produção.

"Never Close Our Eyes", provável sucessora de "Better Than I Know Myself" como single do segundo álbum de Adam Lambert, o adiado (para 15 de Maio) Trespassing, tem a assinatura de Bruno Mars. Saíram também os snippets das canções do álbum.

“Slow it Down” marca o começo de uma nova fase para a escocesa Amy Macdonald. O single, ainda sem videoclipe, antecipa o lançamento do terceiro álbum da cantora, Life in a Beautiful Light, marcado para 11 de Junho.

◘ Bruce Springsteen lança vídeo para "Death to My Hometown", compreendendo uma performance ao vivo feita para mostrar que O Chefe (The Boss, como os americanos o apelidaram) ainda manda no jogo.

◘ Jessie J tenta arrancar mais um hit da versão deluxe de seu álbum de estreia com "Laserlight", parceria com David Guetta. Pena que a faixa, mediana tanto para os padrões de Guetta quanto para os de Jessie, não seja nenhuma "Domino".

"Why Am I The One" se torna a terceira faixa do álbum-revelação do Fun. a ganhar versão acústica. "Carry On" e o hit "We Are Young" (feat. Janelle Monáe) já mostraram que o talento dos rapazes não é cria de estúdio. 

◘ “My Valentine”, de Paul McCartney, que provocou sensação ao ser estrelado por Johnny Depp e Natalie Portman, ganha duas versões alternativas: uma só com os takes de Depp e outra só com os de Portman.

A identidade nacional e as escolas literárias.

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por Luis Adriano Lima
(Literatura e Cinema)

O Brasil foi retratado pela sua própria literatura sob várias perspectivas. Algumas delas buscavam apenas proporcionar informações, enquanto outras, com caráter mais literário, intencionavam relatar os acontecimentos nacionais em narrativas densas. Pode-se garantir que em ambos os casos houve atitudes mais apropriadas por parte dos autores, mas não se pode negar que houve aqueles que fizeram com que surgisse uma oscilação na literatura nacional.

Quando se toma como exemplo a literatura inicial – aquele que surgiu próximo à época do descobrimento –, percebe-se que já naquele momento havia variação no modo de escrever. Como as terras do Brasil eram recém-descobertas, era necessário que fosse informado às pessoas (tanto à Coroa Portuguesa quanto aos que vieram para cá em expedições) a respeito do que havia aqui. Desse modo, vários autores e pesquisadores ocuparam-se em transcrever tudo aquilo que aprendiam: discorriam sobre a fauna e a flora, sobre os caracteres indígenas, sobre a alimentação. Pode-se até pensar que esse momento seria retomado três séculos depois, quando o Romantismo também relataria essa fotografia nacional, ampliando-a por uma escrita mais subjetiva e idealizada. Até mesmo nesse período histórico – quando o que se estudava sobre o Brasil era pouco difundido –, surgiram contradições entre os estudiosos: alguns descreviam a colônia como ela era ao passo que outros pareciam acrescer informações, tornando a sua visão muito “embelezada”.

O que se seguiu a partir daí foi uma busca pela chamada “identidade nacional”. As escolas literárias que vieram nos séculos XVII e XVIII – Barroco e Arcadismo, respectivamente – buscavam ao seu modo expor características do cenário brasileiro. Padre Antonio Vieira tentou contextualizar as suas missas e sermões a realidade colonial, Boca do Inferno não se intimidou ao fazer árduas críticas ao jeito como a política caminhava – e isso se refletia sua obra poética, que, dotada de racionalismo, ora apresentava uma perspectiva mais amena, ora era bastante agressiva.

A supracitada “identidade nacional” se forma gradualmente, mas não se consolida até o momento em que todos os habitantes do Brasil são reconhecidos como figuras importantes para a construção de um sentimento que deve ser comum a todos – o que estava bem longe de acontecer no século XIX, quando os poetas e prosadores da escola romântica tornaram-se para o índio, cultuando-o e fazendo com que ele se tornasse um importante elemento para a época. Vale ressaltar que, embora tenha havido a supervalorização do elemento indígena – fato que foi criticado arduamente por alguns autores, como Machado de Assis –, isso serviu para que os nativos não fossem mais tomados apenas como selvagens, mas também pudessem integrar a literatura brasileira. Machado de Assis, em artigo escrito para um jornal estrangeiro, comenta que era comum que o índio fosse retratado nas obras literárias e que o cenário das narrativas e poesias era restritamente nacional – isso não necessariamente indicava o nacionalismo, mas talvez pobreza e limitação quanto à ampla variedade de estórias que podiam ser criadas a partir da vastidão geográfica do Brasil.

Se até o Romantismo havia o predomínio da sociedade fotografada conforme os preceitos morais, a escola seguinte, o Realismo, se empenhava em desmitificar o personagem nacional. Se a Iracema de José de Alencar era poética e etérea, o Brás Cubas de Machado de Assis era entregue aos seus pensamentos mais liberais, como o de envolver-se com uma prostituta. Assim, num breve período de tempo, os leitores são apresentados a dois tipos de personagens bem distintos, sendo que tanto o primeiro quanto o segundo busca moldar a figura do brasileiro. É importante considerar que, mesmo em gradual construção, na aguardada consumação da identidade comum a todos os brasileiros, ainda não havia sido incluído o negro, o terceiro elemento básico da figura nacional, já que o índio e o branco já haviam sido citados e estudados.

É possível afirmar que a literatura nacional, ainda que muito ampla, era preconceituosa. E a reparação para esse erro aconteceu apenas após a década de 1930 do século XX, quando surgiram as primeiras universidades e, com elas, os estudos sociológicos e antropológicos, permitindo então que o negro passasse também a co-protagonizar narrativas, como em Casa grande e senzala, de Gilberto Freire. Ocorrida essa união de branco, negro e índio, podia-se dizer que havia sido consumada a identidade nacional.

Ao considerar todos os aspectos da literatura, não se pode deixar de comentar a respeito do movimento pré-modernista e da escola modernista, que foram marcos importantes para que houvesse a sensibilização das pessoas em relação àqueles que eram desconhecidos pela sociedade – como os nordestinos e o caipira –, e rapidamente surgiriam contrapontos a respeito das descrições. No Pré-Modernismo, tanto uma imagem boa quanto uma ruim foram criadas: o caráter jornalístico de alguns autores compôs narrativas que mostravam o interiorano como ser forte e firme; já o aspecto literário de outras criava personagens como Jeca Tatu, que ficou estigmatizado pela “preguiça”, quando uma análise prévia permitiria concluir que se tratava de um problema de saúde. O Modernismo, dividido em seus dois momentos mais notáveis, retomou o pitoresco e abordou questões regionalistas, fazendo sátira e crítica, discorrendo a respeito de como vivem as pessoas em determinados locais. Jorge Amado falou sobre garotos desprovidos de família; Graciliano Ramos analisou o sertão nordestino; Oswald de Andrade antitetizou estruturalmente ao usar a coloquialidade da fala brasileira na formalidade da poesia.

Pode-se afirmar que o instinto da identidade nacional foi alcançado quando se analisa o panorama proporcionado pelos autores que escreveram desde a fase colonial até a fase contemporânea. Enquanto uns apresentavam visões mais críticas e pessimistas, outros exibiam versões mais românticas e idealizadas, o que permite concluir que há no brasileiro – e conseqüentemente na literatura que pode falar sobre ele – uma vertente bem grande quanto àquilo que ele pode significar e tanto é real chamá-lo de caipira quanto considerá-lo urbano, ou mesmo depreendê-lo como calmo, como Jeca Tatu, ou dinâmico, como é descrito nas obras de Rubem Fonseca; pode-se, enfim, considerá-lo mestiço, sendo a figura nacional um pouco de tudo. E a literatura que o envolve, portanto, é suficientemente ampla para descrevê-lo em todas as duas concepções.

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Luis Adriano Lima escreve todo dia 23.

23 de abr. de 2012

Fiona Apple está de volta (7 anos depois) com “Every Single Night”

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

“Every Single Night” é o nome da canção que ganhou as honras de quebrar o jejum de 7 anos sem material inédito de Fiona Apple. Em hiato desde que lançou Extraordinary Machine, seu terceiro álbum de estúdio, em 2005, a cantora, compositora e pianista americana promete uma nova coleção de inéditas para 19 de Junho. O título, The Idler Wheel…, assim como aconteceu com When The Pawn…, de 1999, é uma versão abreviada de um verso bem maior, parte de um poema escrito pela própria cantora.

Esse parece mesmo o momento ideal para uma artista como Apple voltar à cena: ela inclusive foi citada em uma boa parte das críticas do álbum de estreia de Lana Del Rey, o Born To Die, especialmente quando estas se referiam a canção “Million Dollar Man”. O sabor de suas baladas de climas pesados e sua orquestração minimalista, geralmente baseada em piano, alguma percussão e baixo acústico, remetem também a Regina Spektor, cantora que a nova geração parece estar cada vez mais tomando como protegida.

O fato de que Fiona conta carreira desde 1996, quando o álbum-furacão Tidal e o single "Criminal" foram os destaques absolutos do ano, também conta pontos a favor.

Mais uma face para Johnny Depp em “The Lone Ranger”.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Apareceu ontem (dia 22) a primeira imagem de Johnny Depp caracterizado como o índio Tonto em The Lone Ranger, adaptação cinematográfica da cultuada série dos anos 1950, uma espécie de versão faroeste das histórias do Zorro. A maquiagem, excêntrica como sempre, remonta a uma pintura do artista Kirby Sattler. Depp justificou a escolha: “Eu vi o rosto dele e pensei: é isso. As listras no rosto e nos olhos. Existe essa parte de sabedoria, uma parte torturada e machucada, uma parte cheia de raiva e fúria, e um lado muito compreensivo e único”.

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O filme, que por enquanto tem previsão de estreia para Maio de 2013 no Brasil, conta com a direção de Gore Verbinski, o responsável pela trilogia inicial da franquia Piratas do Caribe e pelo oscarizado Rango. A dupla de roteiristas de Piratas, Ted Elliott e Terry Rossio, ganha a ajuda de Justin Haythe (Foi Apenas Um Sonho) aqui, e o elenco é complementado por Armie Hammer (A Rede Social), Tom Wilkinson (Conduta de Risco) e Helena Bonham-Carter.

Carter está também, é claro, em Sombras da Noite, mais recente parceria entre Depp e o direitor Tim Burton. A dupla, que já produziu Edward Mãos-de-Tesoura, A Fantástica Fábrica de Chocolate e Sweeney Todd, para destacar apenas suas realizações mais notaveis, se reúne nessa adaptação de uma novela americana cult, que foi ao ar entre 1966 e 1971 contando histórias de terror narradas pelo vampiro Barnabas Collins. Marcado para estréia em 22 de Junho, o filme elenca também Eva Green (a bondgirl definitiva de Cassino Royale), Michelle Pfeiffer (trabalhando com Burton pela primeira vez desde Batman – O Retorno) e Chlöe Moretz (Kick-Ass).

Confira o trailer da adaptação abaixo:

Walter Salles vai a Cannes com “On The Road”.

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por Caio Coletti
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No último dia 19 (quinta-feira) foi anunciada a lista oficial da selação principal da edição 2012 do Festival de Cannes, que deve acontecer entre 16 e 27 de Maio próximos. A boa notícia é que o júri presidido pelo diretor italiano Nanni Moretti (O Quarto do Filho) resolveu voltar aos olhos para a última realização do brasileiro Walter Salles, que contou com time de produção anglo-franco-americano para adaptar On The Road da novela definidora de geração de Jack Kerouac.

O filme, que só deve estrear em 15 de Junho por aqui, conta com Sam Riley (o Ian Curtis de Control), Garret Hedlund (Tron: O Legado) e Kristen Stewart (dispensa apresentações) na pele dos protagonistas de uma viagem pelas estradas americanas, uma espécie de relato auto-biográfico dos tempos de mochileiro de Kerouac. No elenco estrelado também aparecem Kirsten Dunst, Viggo Mortensen, Amy Adams, Alice Braga, Steve Buscemi e Terrence Howard,

Nas palavras do diretor, “On The Road fala dos desejos da juventude, da necessidade de se experimentar as coisas na pele e não por procuração, da importância de viver cada instante como se fosse o último, do primado da intuição sobre a razão. O livro propõe uma espécie de ressensibilização dos corpos e das mentes”. Salles também capitaneou o último filme que levou Brasil a Cannes, Linha de Passe, em 2008. A equipe brasileira saiu de lá com o troféu de Melhor Atriz para Sandra Corveloni.

A lista completa da selação principal do Festival, que conta com filmes de Wes Anderson (Três é Demais) e Michael Haneke (A Fita Branca), pode ser vista aqui.

22 de abr. de 2012

Lana Del Rey é a própria superstar trágica em “Carmen”.

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por Caio Coletti
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Lana Del Rey liberou ontem (dia 21) o videoclipe para “Carmen”, quarto single do Born to Die, primeiro álbum da cantora e compositora americana que se tornou o nome mais falado do mundo da música em 2012. Retornando ao estilo de "Video Games", vídeo que a tornou conhecida pela divulação online, Lana montou “Carmen” a partir de filmagens caseiras e imagens de filmes e desenhos animados antigos, intercaladas a takes tratados com filtros de fotografia de Lana e do ator com quem ela contracena desde o vídeo de “Born to Die”.

“Carmen” é a faixa com mais do sabor latino que aparece discretamente no álbum, com seus toques de tango e evocação de uma versão mais suja da imagem de pin-up de Rita Hayworth. Assim caracterizando-se, Lana começa a se firmar como uma das artistas pop que melhor sabe lidar com a própria imagem, com os trâmites da fama, usando-se das consequências muito reais de estar à frente dos flashes quase 24 horas por dia em favor da própria arte.

Com o Born To Die ultrapassando 2 milhões de unidades em vendas ao redor do mundo, o truque certamente parece estar funcionando.

19 de abr. de 2012

“Hitchcock” traz Anthony Hopkins como o lendário diretor britânico.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Foi revelada hoje (quinta-feira) a primeira imagem de Sir Anthony Hopkins na pele de Sir Alfred Hitchcock para o projeto Hitchcock, que alguns sites de notícias ainda intitulam como “Alfred Hitchcock and The Making of Psycho”, à semelhança do livro de Stephen Rebello no qual é baseado. O roteiro, assinado por Rebello e por John J. McLaughlin (Cisne Negro), foca na época das gravações do grande clássico da carreira do diretor, Psicose.

Rumores em torno da produção indicam o envolvimento de Sacha Gervasi, responsável pelo roteiro de obras como O Terminal, que faria do projeto sua estreia na direção. O elenco confirmado até agora conta também com Scarlett Johansson na pele de Janet Leigh, Jessia Biel como Vera Miles, Toni Collette como Peggy Robertson, e Helen Mirren como a esposa do diretor, Alma Reville. O papel de Anthony Perkins, o ator que encarnou o assassino Norman Bates, ficaria supostamente com James D’Arcy (W.E.).

Menos badalado mas igualmente interessante é The Girl, segundo projeto focado na figura de Hitchcock a estrear nos próximos anos. Aqui, quem assume o papel do diretor é Toby Jones (Jogos Vorazes, O Nevoeiro), que vem sendo o coadjuvante rouba-cenas há algum tempo, e o roteiro da desconhecida Gwyneth Hughes mira seu olhar sobre a relação de Hitchcock com uma de suas musas, Tippi Hedren. O papel da heroína de Os Pássaros ficou com Sienna Miller (Stardust), enquanto a esposa do diretor aqui é interpretada por Imelda Staunton, a Dolores Umbridge da série Harry Potter. Tudo sob o comando de Julian Jarrold, em ascenção desde Amor e Inocência, sobre a juventude de Jane Austen.

Os dois projetos devem estrear entre o final de 2012 e o começo de 2013.

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Moda: On TOP!

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por Bebé Ribeiro
(My Petit Closet)

E aí meus queridíssimos fashionistas, como vão? Espero que muitíssimo bem, pois hoje iremos mais uma vez falar sobre nosso assunto preferido: moda. Confesso que demorei séculos assim como demoro pra escolher roupa para decidir qual seria o próximo tema da coluna, mas cheguei a um consenso fashion.

Não sei se vocês andaram reparando, mas as celebrities estão numa onda de mostrarem a barriga (ou parte dela) ao mundo. Rihanna, Miley Cyrus, Selena Gomez, Katy Perry e por aí continua a grande lista das lindocas que aderiram ao top curto. Os desfiles de primavera/verão foram a prova de que a tendência realmente será forte na estação , tendo grifes de NY, Londres, Milão e Paris mostrando em suas coleções que dá para ser phyna mostrando a barriguinha.

Algumas grifes como a Proenza Schouller e a italiana Prada investiram em tops tomara que caia fazendo dupla com saias na altura dos joelhos. Porém, nem só com a feminilidade da saia é possível criar uma combinação fashion. Rebecca Minkoff abriu passagem à calça, dando ao look um ar cool, fresh e boyish. A calça skinny ou cigarette confere uma produção mais pin up aliada ao top curto, já uma pantalona ou até mesmo a calça flare garantem um visual setentista, principalmente se você quiser investir também em acessórios como chapéus, bolsas com franjas, braceletes, colares e etecéteras mil.

Outra passarela que foi invadida pelos tops curtos foi a da Dolce & Gabanna, em que boa parte dos looks foram tomados pela tendência, trazendo também a opção do branco total, com a participação especial de aplicações em pedrarias, e que pedrarias, hein! A transparência e renda, como de praxe, não iriam ficar de fora, reforçando a atmosfera sexy da coleção de Emilio Pucci (uma das melhores coleções, na minha humilde opinião) sendo que um dos modelitos criados foi desfilado por Miley Cyrus na Premiere de Jogos Vorazes, em L.A. Opções é o que não faltam. Há tops mais comportados e outros mais ousados, animal prints, floridos, rendados, lisos, de couro (oi Madonna, rs), flúor e as alternativas aumentam loucamente.

Todo cuidado é pouco em qualquer situação, PRINCIPALMENTE quando o assunto é se vestir, ainda mais algum must-have. A dica dos fashionistas de plantão é não deixar o umbigo aparente (realmente, fica muito mais delicado e sexy) e para isso, dá-lhe MUITA cintura alta! Também é legal misturar proporções, cores, volumes, estampas e texturas, tudo a fim de garantir um equilíbrio ao look. Se será uma moda que vai pegar, isso não há dúvidas, resta saber se as moças conseguirão sustentar o ar chic e não pender pra cafonice.

Até que esse artigo foi mais rápido do que escolher qual sapato vou usar, hahaha. Espero que tenham gostado e que saiam por aí esbaldando charme com a barriguinha de fora, ou melhor, PARTE da barriguinha, hein?

Beijos.

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Bebé Ribeiro escreve todo dia 19.

18 de abr. de 2012

O que é arte?

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por iJunior
(TwitterTumblr)

Neste meu primeiro post sobre arte irei provocar uma discussão a respeito do que é arte, seus rumos e definições, um dos temas mais confusos para muita gente (incluindo eu). Então, compartilharei minha visão com vocês e espero que eu possa levar alguma luz às suas mentes a respeito desse tema às vezes tão difícil de discutir.

Arte para muitos é definida como a expressão humana sobre algo usando dos artifícios necessários, dependendo de cada artista. Mas se arte é a expressão, quase tudo feito pelo ser humano é arte, ou não?

Quando discutimos a respeito de se o graffiti é arte ou não, entramos nesse assunto. Se o graffiti é a forma que algumas pessoas ou grupos de pessoas usam para agredir a sociedade e demonstrar seu descontentamento com a situação social do lugar onde vivem, isso se torna uma expressão, e até muito bem fundamentada se bem estudada, mas há quem não ache isso uma forma de arte.

Se uma expressão pode ser uma forma de arte independente se sua estética (se é bela ou não) então ao jogar uma garrafa de vinho (por exemplo) em uma parede, quebrar e manchar essa parede de vermelho estarei fazendo arte? Talvez sim pra mim e talvez não para o dono da residência que porta esse muro, o que pode tornar essa arte uma “arte” apenas para alguém ou um grupo seleto de pessoas, e não ser o mesmo para muitos.

Mas para alguns arte é assim, o que o artista tem de diferente de um designer (mesmo que este também faça arte) é que a arte é um pedaço de alguém (nesse caso o artista) que independe se haverá quem goste ou não, o que importa é que o artista se sinta completo com o que fez, o que quase sempre não torna esse tipo de arte algo comercial.

Mas arte comercializada ou com finalidade comercial não é arte? Depende! Digamos que uma pintura seja comprada por ter sido apreciada por um empresário, porém esta mesma não foi feita diretamente para ele. Isso faz dela algo que possa ser vendido, mas que não foi diretamente direcionado a um público alvo. Mas se olharmos a arte na musica podemos encontrar muito material comercial e destinado para certas faixas de idade e consumidores que não deixam de tornar esta musica uma forma de arte. O mesmo podemos ver no artesanato, que mesmo que não seja destinado à um grupo de pessoas, muitas vezes é feito mimeticamente (de forma repetida) e possui finalidade de ser vendido. Assim como na moda, onde muitas roupas são produzidas para serem vendidas em massa e algumas mais artísticas e ousadas são vendidas como pinturas.

A Arte Contemporânea é uma outra grande discussão a respeito do que é arte e de para onde esta se encaminha. Nela vemos uma expressão fortíssima por parte dos artistas e muitas vezes uma perda de preocupação com a estética dessa obra, o que muitas vezes a deixa confusa e dá ideia de algo fechado para um público mais intelectual ou encaixado em um grupo social seleto. Na nossa geração não nos encaminhamos mais para movimentos artísticos como os dos séculos passados, embora ainda existam muitos desconhecidos por muita gente que serão relembrados futuramente. Este tipo de arte, muitas vezes independente, se torna curioso e digno de discussões, enquanto muitas vezes, em movimentos artísticos, a obra era apenas apreciada e facilmente entendida, e sua discussão vinha de técnicas e conceitos estéticos.

Minha visão à respeito de arte é fácil de ser explicada; digamos que acordássemos em um campo bem gramado com apenas o verde e o azul do céu e uma árvore simples: ali não haveria arte. Agora digamos que neste clima entediado eu crie um banco com a madeira desta árvore: eu faria um serviço de carpinteiro e teria feito arte, criei o design do banco e o moldei. Agora o sol está muito forte e eu resolvi derrubar está arvore e fazer uma casa de madeira para me abrigar: eu estou fazendo o serviço de um arquiteto e fiz arte. Mas por não gostar do marrom resolvi pintar e decorar minha casa: eu então faria o serviço de um artista ou designer de interiores e sim, eu faria arte. Ou seja, em minha visão, arte é tudo aquilo modificado de sua forma natural (encontrada na natureza) pelo ser humano, independente de sua expressão ou estética.

Mas esta é apenas a visão de mais uma pessoa que pelo jeito passará a vida inteira em busca de uma definição concreta de O Que É Arte e nunca encontrará. O importante é saber que o que dá sentido à nossa vida é a arte. Embora muitas vezes as pessoas não pensem nisso, a arte é o que nos faz viver; a musica, o filme, a roupa, a aliança, a igreja de seu casamento, sua casa, seus móveis, seu carro, seus cartões e etc. São aquelas coisas do dia-a-dia que fazem com que nossa existência se torne algo agradável e que mostram que a vida é gostosa de viver.

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“Arte é o mel acumulado da alma humana”

IJunior escreve coluna de arte aos dias 17, e de opinião aos primeiros dias do mês.

17 de abr. de 2012

Moda: O esmalte e sua história.

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por Gabis Paganotto
(Tumblr)

E ai gente , que saudadeee que eu estava de escrever aqui.

Esse mês o tema foi livre, e acreditem, são os meses de terror pra mim, porque exigem uma coisa raríssima hoje em dia: originalidade. Não é mesmo?

Mas algo me diz que o assunto escolhido esse mês vai conquistar vocês, aliás, as mãos de vocês, mais especificamente.

Se engana quem pensa que MODA trata apenas de roupas sapatos e acessórios. Moda é muito mais que isso, moda é atitude. Afinal temos o look punk, por causa do movimento punk de 70. As roupas mais folks por influências fortes do hippies de 60. Não é mesmo?

Então hoje eu vou falar um pouquinho de onde surgiu o tão amado e presente ESMALTE.

Se engana quem pensa que o esmalte é uma invenção jovem. Apesar de ser algo químico, e que com variedades de cores realmente é recente, o esmalte já vem fazendo a mãos das mulheres desde a era egípcia , mas além de embelezar as lindas mãos das rainhas, o esmalte servia para identificar a que classe social a que certas mulheres pertenciam.

A henna preta por exemplo era utilizada pelas mulheres mais simples, já os vermelhos, como o Rubi, preferido da rainha Nefertiti, representavam as mulheres que pertenciam a camadas sociais mais elevadas.

Mas como tudo tem seus dias de glória e seus dias de esquecimento, os esmaltes tiveram lá seus cinco minutos de anonimato, e foi lá pelo século XIX. Pois na época, o recato exagerado era considerado de bom tom. E ter cores vibrantes nas mãos não era lá a melhor maneira de mantê-lo.

E a glória eterna do esmalte chegou em 1930, quando através das tintas para carros, conseguia se chegar em uma substância de fácil remodelo, que podia ser colorida e que rapidamente fez a cabeça das estrelas de Hollywood, e consequentemente da massa em geral.

Hoje em dia os esmaltes são peças chaves na composições de estilos, looks, e mãos, não é mesmo ? E, diga-se de passagem, nessa temporada outono/inverno os vermelhos e verdes vem com tudo. Por tanto arrasem com seus esmaltes e, o principal, continuem escrevendo a história dele.

Beijos e até mês que vem.

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Gabis Paganotto escreve todo dia 15.

O Keane voltou de uma vez por todas com “Disconnected”.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

“Disconnected” marca o segundo single do vindouro quarto álbum da banda Keane, Strangeland, cujo lançamento está previsto para 07 de Maio. A canção credita os quatro integrantes da banda como compositores e o inglês Dan Grech-Marguerat (The Kooks, Lana Del Rey) como produtor, confirmando as declarações da banda que, para a nova obra de estúdio, o foco é a composição.

Strangeland chega como sucessor de Perfect Symmetry, o álbum mais criticado da banda irlandesa, que explorou o caminho do pop oitentista, deixando órfãos os fãs do estilo rock de arena salpicado com baladas melódicas de Hopes and Fears e Under The Iron Sea. Uma boa medida dessa mudança é comparar "This is The Last Time", do Keane de 2003, e "Spiralling", lead single do Perfect Symmetry. Mas o saldo geral é que a exploração de horizontes fez bem a banda, que parece mais confortável nos singles de Strangeland.

O vídeo de “Disconnected”, sucessor de "Silenced By The Night", conta com direção de J.A. Bayona, cineasta espanhol conhecido por O Orfanato, e bela interpretação da pouco conhecida Letícia Dolera como parte de um casal envolvido numa história da terror, metáforica para a letra sobre a “desconexão” entre dois amantes.

16 de abr. de 2012

Moda: Dior em Xangai e Raf Simons.

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por GuiAndroid
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E finalmente a sedução implícita e inocente da mulher oriental ganhou os olhos da Maison Christian Dior. Neste sábado (14) pela primeira vez uma coleção de Alta Costura da Dior foi apresentada em Xangai, desfilada por modelos em sua maioria orientais. Após a abertura da maior loja da marca em Taipé Taiwan, a Dior leva a sua mais nova coleção para o leste.

Representando a saída do estilista Bill Gayten, a Dior leva sua coleção verão 2012 para Xangai, deixando pela primeira vez o tradicional endereço na Avenue Montaigne em Paris. A marca símbolo de qualidade mais uma vez se mostra transcendental e adaptável a tsunami de tendências e revoluções que é o mundo da moda. Sendo assim, abrem-se as portas para o novo estilista da Christian Dior, o belga Raf Simons.

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Raf Simons é o ex-diretor criativo da grife Jil Sanders, se diz um romântico minimalista, fã de flores como tulipas e rosas , também muito apegado a natureza e vítima da tietagem de Costanza Pascolato (Colunista da VOGUE) que é praticamente uma fã do estilista, e se demonstra bastante satisfeita com a entrada de Raf na maison:

Fico muito feliz com o belga Raf Simons na Dior, que é uma das maisons de maior prestígio francesas e estava perdendo o brilho da imagem, apesar de estar faturando horrores. Conheci Simons como criador de moda masculina e tive o privilégio de poder assistir todos, desde o primeiro, desfiles de moda feminina para Jil Sander. Devo insistir que ele nunca havia desenhado moda feminina. Ele foi crescendo de maneira extraordinária. Hoje é um dos designers mais respeitados pelos insiders de maior relevância do mundo da moda contemporânea. Deve se dar bem na Dior pois ele tem experimentado formas de alta-costura da metade do século XX, quando esta estava no auge com criadores como Christóbal Balenciaga e o próprio Christian Dior. Seu último e esplêndido desfile para Jil Sander de inverno 2012 é exemplo disso. É um exemplo de seriedade, dedicação ao trabalho e dizem ser ótimo para trabalhar, valorizando seus times” (Constanza Pascolato)

Então, o que podemos esperar da Dior de Raf Simons? Talvez uma renovação nos ares de uma marca, porém mantendo sua tradição, estilo e elegância. Mas vale ressaltar que é uma aventura e tanto para qualquer estilista, retomar uma marca que teve ninguém mais que o exótico e inovador John Galliano em seu comando por anos. Será que a maison queridinha dos franceses vai voltar ao que era antes? O destino nos dirá nos próximos meses, mais precisamente em Julho.

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Maroon 5: “Payphone” nas rádios e o que esperar do Overexposed.

jk

por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

“Payphone”, o primeiro single do próximo álbum do Maroon 5, intitulado Overexposed, caiu na programação das rádios americanas hoje, segunda-feira (16). A canção, que conta com a parceria do rapper Wiz Khalifa e produção de Shellback e Benny Blanco, dupla que levou “Moves Like Jagger” ao topo da Billboard Hot 100, é um aperitivo do que será, de acordo com a própria banda, o álbum mais pop do Maroon.

Overexposed vai ser a quarta coleção de inéditas do quinteto, e teve sua capa (acima)revelada no último dia 10, estimulando críticas favoráveis que indicam a influência da obra de Picasso e de uma série de cartunistas modernos na sua concepção. Simbolicamente, a capa foi identificada como uma “piscadela para o mundo pop atual, tão inflada de egos e imagens”, que vemos atualmente.

A banda fará performance de “Payphone” no The Voice, programa no qual o vocalista Adam Levine atua como jurado e mentor, ainda hoje, e o lançamento do álbum está previsto para 26 de Junho.

[Atualização]

A canção ganhou um lyric video no canal oficial da banda no YouTube:

Retorno de J.K. Rowling à literatura, “The Casual Vacancy” tem data marcada.

jk

por Caio Coletti
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Na última sexta-feira (13), a editora britânica Little Brown anunciou detalhes do novo projeto da escritora J.K. Rowling, conhecida mundialmente como autora da série Harry Potter, finalizada em 2007. The Casual Vacancy (“a vaga casual”, em tradução livre) teve data de lançamento marcada para 27 de Setembro próximo no site da editora.

O termo “casual vacancy” é comumente usado na política para se referir ao momento em que uma posição administrativa fica vaga durante o tempo em que deveria ser ocupada pelo representante eleito para um mandato. Aparentemente, a escritora mais uma vez exercitará seu estilo Agatha Christie de incitar o mistério em suas tramas, sem contudo se encaixar totalmente no romance criminal/de suspense.

A sinopse liberada pela editora, em tradução livre, diz o seguinte:

“Quando Barry Fairweather morre inesperadamente aos 40 e poucos anos, a pequena cidade de Pagford é deixada em choque.

Pagford é, aparentemente, uma idílica vila inglesa, com um mercado ladrilhado e uma abadia antiga, mas o que está por trás da bela fachada é uma cidade em guerra.

Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com seus maridos, professores em guerra com seus pupilos… Pagford não é o que parece.

E o assento vazio deixado por Barry no conselho da cidade logo se torna catalista da maior guerra que a cidade já viu. Quem vai triunfar numa eleição marcada por paixão, revelações inesperadas e duplicidade?

Recheado de humor negro, provocante e constantemente surpreendente, The Casual Vacancy é a primeira novela para adultos de J.K. Rowling.”

15 de abr. de 2012

Arte: o hiperrealismo de Alyssa Monks.

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por Caio Coletti
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Acho melhor o leitor se sentar para ouvir a informação que vem a seguir: a imagem que encabeça esse texto é uma pintura. Difícil de acreditar, mas é obra em tinta a óleo sobre tela de linho, produzida pela americana Alyssa Monks, que descreve seu trabalho como uma exploração dos limites entre o hiperrealismo e a abstração.

alyssaNascida em 1977 em New Jersey, a moça faz experiências com pintura a óleo desde a infância, tendo estudado arte em New York, Boston e Florença, na Itália, onde concluiu sua formação em 2001. Obcecada pelo corpo humano e sempre perseguindo o realismo na representação do mesmo, Alyssa, no entanto, diz que seu trabalho também se aproxima da pintura abstrata: “Quando eu comecei a pintar o corpo humano, eu estava obcecada por ele e precisava criar o máximo de realismo possível. Eu persegui isso até que o realismo começou a revelar e desconstruir a si mesmo. Estou explorando a possibilidade e potencial de quando a pintura representativa e a abstração coexistem no mesmo momento”, diz a moça na parte biográfica de seu site oficial.

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Usando filtros como vidro, vinil, água e vapor, eu distorço o corpo em espaços de pintura rasa. Esses filtros criam áreas de desenho abstrato – ilhas de cor com superfícies ativadas – enquanto partes da forma humana não submergem nesse filtro. (…) Pinceladas fortes e camadas grossas de tinta, em relações delicadas entre as cores, são feitos para imitar vidro, água, vapor e pele a distância. No entanto, de perto, as deliciosas propriedade físicas da pintura a óleo são aparentes. Assim, encontro-me com o momento em que pinceladas abstratas se tornam algo além disso. (Alyssa Monks)

Alyssa Monks - Site Oficial

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