Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

Drake, Lorde e Goldfrapp são apenas três dos artistas que chegaram arrasando na nossa lista.

Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

31 de mai. de 2012

Pressa.

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por Fabio Christofoli
(Clube do Camaleão)

Eu não sei se eu já disse isso aqui, mas se disse, vou repetir: a gente corre demais!

Demais!

Nossa vida anda muito acelerada, não acham? Eu acho! E sabe o que é pior? Não há motivo algum para ser assim. Pelo contrário, deveríamos ter mais tempo. Mas cada vez ele é menor, mais opressor, mais torturante.

Antigamente, tudo era feito manualmente, hoje há tantas facilidades tecnológicas. Mesmo assim, fazemos mais do que fazíamos antes. Por que será? Eu digo que isso é culpa das nossas ambições.

Conseguimos fazer mais rápido, por isso queremos fazer mais. Sempre mais! Trabalhamos até mais tarde, nos perdemos nos milhões de links da internet, estudamos mais (e, por incrível que pareça, aprendemos menos). Estamos sempre com pressa, fazendo milhões de coisas pela metade, perdendo outras tantas.

Eu sinto que sempre tenho algo pra fazer, mesmo quando não tenho. E admito que até aparece um tempo “livre”, mas minha mente está tão acostumada com a correria que não consegue relaxar. Me sinto preso a essa correria, mais uma vez pergunto: você não?

Diga que sim! Preciso saber se isso é normal.

No fundo eu gostaria de estar escrevendo sobre outras coisas. Queria mesmo. O problema é que vivo com essa pressa no pensamento. Mal consigo pensar ultimamente. Mal consigo respirar.

Você não?  

Diga que sim! Ou vou me sentir aquele coelho da Alice, que toma chá com um chapeleiro louco e uma lebre esquisita.

Aí, ó. Olha as besteiras que escrevo por que vivo com pressa. Preciso parar. Você não?

Fabio Christofoli escreve todo último dia do mês.

Marina & The Diamonds e seu lovegame em “Power & Control”.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Segundo single oficial do Electra Heart  ("Fear & Loathing" e "Radioactive", apesar de possuirem vídeos, não foram lançados comercialmente), “Power & Control”, que ganhou clipe hoje (31), carrega consigo a responsabilidade de suceder "Primadonna", a canção que verdadeiramente pôs o nome da galesa no mapa do pop mundial. O single não chegou a entrar na contabilidade da Billboard, conseguiu alcançar a 11ª posição na parada de singles britânica.

Se depender do som calcado em synthpop de Marina e Steve Angello (um dos integrantes de Swedish House Mafia), lapidado pelo produtor Greg Kurstin, a nova aposta tem tudo para dar certo. O clipe não complica muito as coisas: Marina e seu parceiro de cena acompanham a letra sobre o jogo de “poder e controle” do amor com química impecável e pequenas maldades recíprocas.

A fotografia, que trabalha brilhantemente enquadramentos um tanto quanto escuros, e a presença magnética e lânguida da popstar galesa são os pontos altos aqui (assim como foram em “Primadonna”, aliás). Mas Marina nunca esteve tão sexy quanto em “Power & Control”.

“O Grande Gatsby” é a aposta de Baz Luhrmann para o Oscar 2013.

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por GuiAndroid
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Um dos maiores romances da literatura americana, escrito em 1925 por F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby tem novamente sua história roteirizada para o cinema. Dessa vez, o longa, que possui trailer lançado há menos de uma semana, conta com a participação dos atores Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan, Isla Fisher e Joe Edgerton. O filme narra a ida de Nick Carraway (Maguire) do meio-oeste para a cidade de Nova York em busca do sonho americano. Nick se muda para uma casa ao lado da mansão de Jay Gatsby (DiCaprio) um milionário que, em plenos anos 20, ápice da lei seca, dá suntuosas festas em sua mansão e influencia Nick a viver sua vida de descontrole e luxúria, sendo uma crítica a sociedade americana da época, que vivia com o excesso e luxo do recente “boom” da economia após a primeira guerra.

Com um trailer extasiante e bastante promissor, percebe-se que a produção vem para ser uma das maiores promessas do cinema de 2012/2013. Em 2 minutos e 28 segundos pode-se perceber o trabalho e comprometimento do diretor Baz Luhrmann (Moulin Rouge) ao se preocupar com todos os detalhes de cada uma das cenas presentes. Sendo lançado no final do ano, poucos meses antes do Oscar, pode-se perceber a clara jogada de marketing para colocar o filme entre os indicados da premiação, o que certamente ocorrerá se o filme manter o nível impecável de seu trailer. Arriscando um pouco, talvez entre as categorias de figurino e melhor trilha sonora (criada por Jay-Z e Kanye West, tendo como música tema “Love Is Blindness”, interpretada por Jack White).

30 de mai. de 2012

Sobre… – Entendendo o pop.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Se o caro leitor procurar por “pop music” na Wikipedia em inglês, vai encontrar, no segundo parágrafo e, mais tecnicamente, na seção “characteristics”, uma descrição bastante metódica do que se define, usualmente, como uma canção pop. Um resumo da ópera (ópera pop, claro) para quem não quer gastar seu inglês: duração entre 2m30 e 3m30, estrutura baseada em versos e refrão, inserção de ganchos pegajosos e foco na melodia. A caríssima professora virtual ainda ensina que “música pop” é usado para designar um gênero que é “gravado comercialmente e deseja apelar a uma audiência de massa”.

Agora, um outro dado: "Someone Like You", de Adele (o link para o vídeo é só para o caso de você ter passado o último ano em uma caverna), com mais 4 milhões de downloads vendidos apenas em solo americano, é inquestionavelmente uma das grandes, senão a grande canção pop de 2011. Bate nos 5 minutos de duração, não tem um gancho melódico sequer, e há de se concordar que voz-e-piano não é exatamente uma fórmula que se imagine como apelativa a uma audiência de massa. O sucesso absurdo da balada mais intensamente emocional da cantora britânica é apenas um exemplo entre muitos de que a banda não toca sempre dentro das regras.

O que é pop, então? Existe a tentação, atualmente, com as divisas de gênero cada vez mais borradas, de chamar tudo o que encontra seu nicho no alto das paradas de pop. Mas o fato é que há muita canção pop por aí que não emplaca, também. Se a disposição for um pouco maior, aquele leitor curioso que se arriscou a entender música pop pela Wikipedia pode também dar uma olhada em “pop art”. Das longas definições que a enciclopédia nos fornece, emerge um conceito básico: encontrar objetos banais e inseri-los em um contexto de sentido diferente. Tornar a arte um bem de consumo. Ironizar o próprio preceito de arte.

Era o que faziam Richard Hamilton, Roy Lichenstein e, claro Andy Warhol. E aí chegamos no ponto essencial. O que Warhol empreendeu em sua carreira e sua vida pessoal (e, especialmente, na forma como as duas coisas começaram a impreterivelmente se misturar) é talvez o primeiro grande ato pop da história. Na década de 1960 especialmente, a figura do filho de imigrantes poloneses Andrej Varchola Jr, que adotou o pseudônimo Andy Warhol, se tornou não só fundamental ao desenvolvimento artístico, como representante mais célebre da pop art, como também fonte de fascinação por sua imagem. Os cabelos desarrumados, o olhar enigmático e a forma como constantemente recortava pedaços de sua própria personalidade na arte (nos filmes, especialmente), de forma muito encriptada, tudo isso definiu-o como, talvez, a epítome do ícone pop, e a personificação do próprio pop.

Existe uma espécie de subversão de conceitos aí. De uma arte feita para ironizar a própria arte, o pop aos poucos se incorporou a esse sistema, como a contradição intrinseca de ser bem de consumo ao mesmo tempo que mexe com o imaginário do que já foi bem de consumo para a sociedade. O pop se estabeleceu como um ciclo, auto-referente e, na prática, de continuação inquebrável.

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Para os que se perderam na articulação das ideias, a conclusão é que o pop é, para além de uma estrutura musical (mesmo que ela seja mais ou menos aplicável a maioria do universo que chamamos de música pop hoje), um empreendimento artístico cujo apelo às massas é explicado pela exploração de uma imagem forte, que mexa, contradiga ou consoe com o que se chama de cultura popular (em abreviação de uso recente, “cultura pop”). E “Someone Like You” nessa coisa toda?

A canção de Adele nada mais faz senão articular com o imaginário coletivo, e a situação essencialmente banal do fim de um relacionamento. Você já passou por isso, ou ao menos sentiu o fim de uma paixão, logo consegue se identificar o bastante, num primeiro nível superficial, para comprar a ideia. Ela já passou por isso, e portanto é crível vê-la cantando assim. Especialmente quando o 21, álbum do qual a balada foi retirada, é tão declaradamente inspirado em um relacionamento misterioso que despedaçou o coração da britânica. Adele tomou o estandarte dessa amargura para si, fez sua imagem se confundir com sua música, usou-a em seu peito como uma medalha, e se tornou um ato pop perfeito.

Em um resumo bem simplificado: conceitualmente, o pop é a construção de uma imagem. Seja ela inteiramente baseada na verdade ou a expresse através de um personagem. Além disso, nada prende o pop a 3m30, uma estrutura de verso e refrão ou ganchos pegajosos. O artista pop pode, e deve, trazer todo e qualquer tipo de influência que achar contundente para a sua obra. A Electra Heart de Marina & The Diamonds, todo o exagero e a experimentação de Lady Gaga, o fenômeno Lana Del Rey, a lira dos vestidos esvoaçantes de Florence Welch, a combinação segurança + desafio + amargura + provocação de Madonna. Todas expressões autênticas, brilhantes e absurdamente diferentes de um mesmo preceito: a música pela imagem, e a imagem pela música.

As cores de “Spectrum” viram luzes no novo clipe do Florence + The Machine.

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por Caio Coletti
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O quarto single oficial do Ceremonials, “Spectrum”, ganhou hoje (30) videoclipe dirigido pelo fotógrafo David LaChapelle e pelo coreógrafo John Byrne. Chapelle é um nome muito respeitado no meio da fotografia de arte, e já dirigiu clipes para Amy Winehouse, Joss Stone, Norah Jones e Gwen Stefani, entre outros. Aqui, ele ganha a oportunidade de brincar com reflexos e cores platinadas enquanto Florence e sua presença lacônica garantem uma dose extra de charme ao vídeo.

“Spectrum” ganha muito mais força, como canção, sendo complementada pelo clipe. Apesar da letra ser de fato uma das mais bem elaboradas e envoltas em mistério do álbum, a abordagem musical é o esperado: ouvem-se harpas, uma percussão arrasadora e o vocal que encontra as alturas de notas extraordinárias quando isso lhe é exigido. O balé insano de Byrne, progressivamente mais intenso com a evolução da música, e a bela composição visual de LaChapelle realçam as virtudes da composição da banda.

Agrciada com um remix feito pelas mãos do DJ britânico Calvin Harris, liberado logo antes do lançamento do clipe, “Spectrum” pode ser mais um momento de pico para o Florence + The Machine, que já anda em lugar de destaque no cenário pop mundial.

29 de mai. de 2012

Adam Lambert, o popstar do ano, vai ao futuro em “Never Close Our Eyes”.

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por Caio Coletti
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“Never Close Our Eyes” é o segundo single de Trespassing, segundo álbum de Adam Lambert, que saiu do American Idol de 2008 no segundo lugar. Aparentemente, o número da sorte do cantor é 2, porque tanto o álbum quando o clipe representam a virada e a consolidação definitiva de sua carreira como um dos popstars mais interessantes da cena atual. A canção, co-escrita por Bruno Mars, Dr. Luke e pela dupla The Smeezingtons, carrega melodia que favorece bastante a voz potente do americano, apesar da produção no mínimo previsível.

O clipe retrata uma sociedade futurista, algo entre 1984, A Ilha e Equilibrium, em que todos são tratados como máquinas e tomam remédios para reprimir os próprios potenciais. Adam, claro, representa o diferencial nessa organização, e não é spoiler nenhum dizer que se implanta uma revolução. Bom mesmo é ver que o cantor está disposto a coreografias e pose de popstar de verdade para consolidar-se como tal, e se sai brilhantemente bem no papel.

Trespassing, o álbum, estreou no topo da Billboard 200, e recebeu críticas bastante favoráveis, conseguindo uma média de 80/100 no Metacritic, site que reúne as notas dadas pelos principais sites de crítica musical americanos. Adam chegou para ficar.

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por Caio Coletti
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Eu só queria um dia. Um dia de saber, ou talvez de não saber. Um dia em que as coisas fizessem sentido, ou que houvesse algum sentido nelas não terem sentido nenhum. Um dia em que eu pudesse respirar um ar que estivesse impregnado do perfume que me confunda os sentidos, pudesse abrir os olhos e enxergar um rosto do qual eu conheça cada traço. Um dia em que nada estivesse faltando.

Eu queria um dia no parque. A grama bem aparada, o olhar apontando para o céu (e que ele estivesse tão azul quanto se pode pedir), o som do silêncio. Ou de uma voz angelical cantando uma melodia divina. Queria um dia sozinho. Queria um dia com você. Queria um dia na metrópole, no caos, nas luzes artificiais, no frio cortante. Um dia de sentir o ar gelado, claustrofóbico, seco, entrando pelas narinas e devolvê-lo, quente, convidativo, da minha boca para a boca de alguém.

Eu queria um dia de sentir. Sentir como se eu estivesse em um filme. As noites estendidas em um café qualquer iluminado por neon, a forma de um sorriso absorvendo toda a atenção do meu olhar. A risada roubada de um canto abandonado, fugindo da multidão que passa a poucos metros e finge que não existimos. O sussurro, o perfume do seu hálito, o arrepio do ar que toca a pele. Queria um dia de ter tudo de uma vez.

Eu queria um dia de passar dos limites, ou de fazê-los não existirem. Queria um dia de Psique e Eros, de visão de águia e olfato de cão. Queria um dia em que o sobrenatural não o fosse. Queria um dia de café forte e discussão pungente. Queria um dia de buscar, mas nunca entender, os mistérios do mundo. Queria um dia de revolucionar. E um dia de apenas deitar e sorrir com o fato de que, não importa o quanto tentemos, o mundo vai ser sempre assim.

Queria um dia vermelho. E que tudo, sob esse filtro, fosse à flor da pele. Paixão, ciúme, desejo. Tudo aquilo cujas consequências sempre acabam valendo a pena. Queria um dia azul de calma. Um dia em que apenas o olhar fosse o bastante para dizer tudo o que quisesse. Dia branco de paz, e jamais negro de luto. Queria um dia que durasse para sempre, e um dia em que tudo durasse para sempre. Queria um dia para lembrar. E queria um dia para esquecer-me de tudo o que traz aquela dor no fundo da cabeça, aquela picada de veneno no coração.

Um dia em que nada fosse utopia. Um dia de respirar leve. E então, depois, simplesmente deixar o coração parar. Porque, depois de tal dia, como voltar ao insustentável peso de simplesmente ser real?

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27 de mai. de 2012

TV: E aí, o que acontece agora?

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por GuiAndroid
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(AVISO: ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS)

As Seasons Finale de Gossip Girl, Supernatural, The Vampires Diaries, Glee e 2 Broke Girls nos deixaram exatamente com essa pergunta em nossas mentes: “E aí o que acontece agora?”. As seasons finale de algumas realmente se pareceram com o final de algo no sentido de “para sempre”, enquanto algumas apenas nos fizeram querer antecipar a próxima temporada para continuar o divertimento que as séries nos causam.

Gossip Girl: Gossip Girl entra agora em sua sexta e última temporada com 11 episódios, após o fim de uma temporada saturada de acontecimentos clichês e repetitivos, sem falar nas inúmeras combinações amorosas que a série já arriscou; dessa vez o assunto é Dan e Blair para o total descontentamento daqueles que amam o casal “Chair” – Chuck e Blair. O último episódio da temporada termina logicamente da maneira que os fãs querem, Blair correndo atrás de Chuck, se encontrando com ele em um cassino em Mônaco. Por fim os diretores da CW deram aos produtores de GG Uma nova chance de terminar a série de uma maneira que todos os seus “porém” e “e se” se resolvam de uma vez por todas.

Supernatural: Após 6 temporadas sem desanimar os fãs, Supernatural conseguiu infelizmente entediá-los com uma temporada um tanto vaga e triste. A morte de Bob pareceu um erro por parte dos autores da série, que logo vieram com a proposta de transformá-lo em um fantasma, e a ausência de Castiel deixou os fãs orfãos de seu anjo favorito por quase uma temporada inteira, vindo a reaparecer somente no final da mesma. De qualquer maneira a season finale dessa temporada deu gás suficiente para uma oitava temporada, a ida de Dean e Castiel para o purgatório nos promete uma temporada diferente de tudo o que vimos, já que quando Dean ou Sam foram para o inferno, não foram mostradas cenas do local, ao contrário do que aconteceu no último episódio da série. Será que Dean conseguirá sair do purgatório? Para onde Castiel foi, e será que ele voltará para ajudar Dean? Como ficará Sam após o desaparecimento de seu irmão?

The Vampires Diaries: O último episódio da terceira temporada de TVD pôs um ponto final em vários personagens da série e começou novos parágrafos para outros. A morte do nosso vilão favorito de sotaque britânico Klaus, a morte de Alaric e Matt... O renascimento do amor de Stefan e Elena, uma Bonnie como bruxa das trevas e o nascimento de uma Elena possivelmente vampira.

Glee: Glee foi a série que teve uma season finale com um episódio chamado “Goodbye”, e realmente o episódio significava “adeus”. A série deu adeus ao elenco que está na série desde a primeira temporada: Rachel, Finn, Kurt, Santana, Quinn, Mike, Brittany, Mercedez e Puck se formaram e seguiram com suas vidas. Rachel foi para Nova York, mas sem Finn que foi para o exército, Kurt não conseguiu entrar para NYADA, Santana vai para Nova York tentar o seu sonho, Quinn também foi para a faculdade, Mike conseguiu uma bolsa de estudos, Brittany reprovou, Mercedez vai para Los Angeles, pois foi chamada para ser backing vocal e Puck passou de ano. Felizmente Glee vai continuar e sua quarta temporada vai ser um intermédio entre Nova York, Los Angeles e o McKinley High School, os amados personagens ainda vão continuar na série em aparecimentos esporádicos durante a temporada.

2 Broke Girls: Uma das séries de comédia mais bem sucedidas atualmente ganha sua segunda temporada após uma season finale igualmente divertida e sem o tom de adeus das outras séries. 2 Broke Girls vai continuar a nos divertir por mais uma nova temporada e a contar as aventuras de Max e Caroline Channing em seu negócio de cupcakes.

E essas foram as Seasons Finale de 5 das nossas séries favoritas que prometem continuar a nos entreter por mais uma temporada completa ou de apenas 11 episódios. Vale lembrar que agora em Junho (midseason) nos Estados Unidos várias séries voltam com novas temporadas, como por exemplo Teen Wolf, Pretty Little Liars, Falling Skies e True Blood.

É proibido proibir.

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por Luciana Lima
(Blog pessoal)

Se você perguntar pra dez cidadãos que moram nos grandes centros urbanos qual é o principal problema de sua cidade, provavelmente nove responderão que é a violência urbana. Assaltos, sequestros e o tráfico de drogas são problemas que parecem insolúveis para a maioria dos governantes das grandes cidades, entretanto algumas ações que vão muito além da repressão, que sempre é escolhida como único caminho, seriam mais eficazes, principalmente no que diz respeito às drogas.

Um estudo de Harvard esse ano, que foi assinado por 300 economistas, dentre os quais três ganharam o prêmio Nobel, afirmaram que se a maconha fosse legalizada os EUA economizariam U$S 13,7 bilhões. O Brasil já é o terceiro país com a maior taxa de prisões, e um quarto dessas pessoas está detida devido á crimes relacionados às drogas. Esse alto índice de encarceramento gera inúmeros problemas e até agora a política de repressão se mostrou altamente ineficaz para resolvê-los. A guerra pelo tráfico também está relacionada à diversos conflitos armados ao redor do mundo, enfim,a política adotada com relação às drogas se mostrou falida tanto no Brasil quanto no mundo inteiro.

Porém, mesmo com todas as evidências de que se é necessário um debate que reavalie a condição das drogas, isso é colocado como tabu pela sociedade, e devido aos diversos mitos antidrogas difundidos como realidade e da visão moralista religiosa que as condena como pecado, levantar essa questão já é interpretável como uma forma de apologia e fortemente condenada. A Marcha da Maconha realizada ano passado, por exemplo, foi repreendida de forma brutal pelos policiais com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, fazendo com que as pessoas tivessem que sair às ruas pedindo liberdade ao menos para discutir o problema. Somente após uma decisão do Supremo Tribunal Federal ela foi autorizada, contrariando assim o liberalismo que dizemos que vivemos hoje, a famosa liberdade que segundo dizem nos é assegurada por lei, porém que só funciona quando se trata de liberdade de mercado e não se aplica as mais importantes liberdades individuais.

Entretanto, a proibição da maconha tem suas origens ligadas a outras questões que vão além do discurso usual de que ela seja prejudicial à saúde, e sim possui uma correlação com discursos e práticas racistas e xenófobas, como por exemplo o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários frequentes de maconha no começo do século XX; além também dos interesses capitalistas, pois indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um forte concorrente, o cânhamo.

Esse cenário de desinformação e conservadorismo da população, aliado aos interesses de diversos grupos, incluindo alguns ligados ao governo, que possuem relações estreitas com o tráfico e o crime organizado, faz com que não haja a possibilidade de um debate que discuta realmente o problema e proponha uma nova política baseada em informações de qualidade e não em mitos difundidos de forma errônea. Uma sociedade baseada em um conservadorismo irracional e medieval acaba por reforçar problemas que, com atitudes desprovidas dessa postura retrógrada, seriam resolvidos de outra maneira. A Marcha da Maconha e os graves problemas causados pela repressão ao uso de drogas estão pedindo de forma latente um discurso e uma prática muito diferente da que vivemos atualmente, e insistir nesse método é ignorar e reforçar cada vez mais uma política que se mostrou ineficaz e falha.

Luciana Lima escreve todo dia 26.

Modernismo: O Brasil descrito pelos seus.

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por Luis Adriano Lima
(Literatura e Cinema)

O Modernismo iniciou-se efetivamente no Brasil no ano de 1922, sendo o seu marco histórico a Semana de Arte Moderna, acontecida em São Paulo sob o aval do então governador Washington Luís. Não se pode, porém, limitá-lo somente a essa data, pois já na segunda década do século XX verificava-se nas artes amostras de modificações de caráter estético pungentes.

Muitos autores, fosse na prosa ou na poesia, compunham suas obras com bases em escolas já desgastadas a épocas – como o Parnasianismo e o Simbolismo –, enquanto outros percorriam caminhos incertos que propunham nova visão a respeito daquilo que se escrevia. Verifica-se, então, entre o início do novo século até meados da segunda década, um período histórico-literário – e também artístico-social – no qual as artes precisavam ser revisitadas com o novo olhar crítico, o que acabou acontecendo.

Se no Brasil havia resquícios de escolas bastante formais, na Europa havia movimentações artísticas em notável renovação, dada a efetivação da escola modernista, que ocorreu em 1915 com o lançamento da revista Orpheu por nomes fortes da literatura portuguesa, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro. A somar, em território europeu aconteciam amostras de novas propostas artísticas, como as vanguardas européias, das quais se destacam o futurismo (apego à velocidade, à tecnologia; visto especialmente na poesia heteronímia de Pessoa), o cubismo espanhol (visto nas angulações recorrentes na pintura), o expressionismo alemão (que seria fundamental, por exemplo, para a compreensão de obras brasileiras, como Amar, verbo intransitivo de Mário de Andrade).

Em resposta aos movimentos estéticos bastante avançados que aconteciam na Europa desde o começo da década de 10, os intelectuais propuseram uma atualização das artes nacionais, buscando assim efetivar uma libertação das rédeas parnasianas e simbolistas às quais o país se encontrava preso. Viu-se, pois, a união dos artistas que defendiam essa nova ideologia na busca pela melhor maneira de libertar-se – sugiram então os saraus, os bailados, as exposições e, principalmente, a produção de material novo que visasse atrair a atenção de outros artistas e também da nata paulistana, e assim desautomatizar a arte e as pessoas daquelas representações intelectuais já recalcadas.

Qual os portugueses, ao instaurar o Modernismo, buscaram afastar sua arte das influências francesas, quiseram os brasileiros focar-se numa produção exclusivamente nacional voltada para o público nacional, pois, fosse a arte desautomatizadora, caberia a ela fazer o público ver-se, analisar-se e, desse modo, repensar-se. Assim, começou no Brasil a estética do retrato nacional, havendo antes uma extensa e produtiva incursão pelas vanguardas européias, em especial o futurismo na poesia mariodeandradiana, e proposições de revisão na linguagem formal na produção de Oswald de Andrade e dos conceitos musicais de Villa-Lobos.

Esse percurso da arte modernista distribuiu-se na área musical, literária, plástica, inclusive político-crítica, e abrange dos anos anteriores à efetivação do Modernismo até o de sua instauração, quando os intelectuais – Mário, Oswald, Villa-Lobos, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, entre outros – uniram-se nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 para a realização da Semana de Arte Moderna, a qual causou controvérsias várias, tanto entre a população quanto entre outros intelectuais, mas que indubitavelmente se estabeleceu como um marco histórico da nova estética artístico-social que se verificaria no Brasil nos anos vindouros, nos quais se tornariam notórios os manifestos diversos de caráter nacionalista, como o Manifesto pau-brasil, o Manifesto antropofágico e o Manifesto verde-amarelo, que visavam o encontro do Brasil consigo mesmo, “acontecimento” que não se pode dizer jamais ter acontecido, apesar de definitivamente ter havido inúmeros mudanças significativas.

Luis Adriano Lima escreve todo dia 23.

25 de mai. de 2012

Top 10: Capas de álbuns (2010-2012).

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1ª posição – Bright Lights (Ellie Goulding)

A fotografia do Bright Lights é (obviamente) em movimento, deixando os cabelos dela bem destacados sem estragos pelo movimento, e os efeitos de luz ou gotas d'agua na lente da câmera, com luzes mais fortes em certos pontos, destacando ainda mais o conceito de luz do álbum. Ellie realiza, nessa edição de luxo de seu primeiro álbum, um synthpop com pegada de cantora-compositora, como se a partir da base de uma balada essencialmente acústica se construísse uma estrutura eletrônica (muito bem pensada, por sinal, com a maioria das faixas sendo produzidas pelo artista eletrônico Frankmusic), usando o timbre único que tem para fazer algo diferente do cenário pop atual.

2ª posiçãoBiophilia (Björk)

O álbum da Bjork é um show de fotografia e arte digital, com uma composição excelente de equilíbrio e cores, desde o cabelo vermelho até as cores de outono da roupa ganhando o destaque necessário, causado também pelo fundo preto que pode nos levar a ter uma ideia de infinito. É também necessário destacar todo o movimento dos elementos, desde a liberdade do cabelo até os "rabiscos" brancos na imagem que parecem se mover harmoniosamente enquanto tudo é parado. É como ver tudo se mover lentamente, como em uma vinheta. O Biophilia compreende um conceito muito claro: a vida humana é uma reprodução das transformações e fenômenos da natureza. Assim, esse “movimento” que se pretendeu reproduzir na capa se estende à música e aos clipe dessa oitava era musical da cantora islandesa.

 

3ª posiçãoLittle Broken Hearts (Norah Jones)

A capa do álbum da Norah é claramente algo bem artesanal, uma colagem em papel envelhecido e tipografia que relembra bem pôsteres ou cartazes antigos. Na verdade, trata-se de uma reprodução do pôster do filme Mudhoney, de Russ Meyer. Norah conta que avistou-o nas paredes do estúdio do produtor Danger Mouse, e pensou “isso é tão incrível, quero me parecer com ela”. O álbum é essencialmente calcado no fim de um relacionamento, aleternando amargura (a já clássica murder ballad “Miriam”) e maturidade (“Happy Pills”, “On The Road”, “Travellin’ On”) com a desenvoltura exata e típica de Norah. Não se deve abandonar a ideia de que as cores possam falar pelo nome do album: o vermelho, cor do sangue, o "rachar" do recorte podem intensificar ainda mais a ideia de coração quebrado.

 

4ª posiçãoOut of Frequency (The Asteroids Galaxy Tour)

A capa da banda também traz uma ideia de algo mais artesanal, nota-se a intenção de provocar uma "falsa" textura na arte pra provocar a ideia de papel, ou até de vários tipos de papeis sobrepostos, assim como cada prédio parece um recorte, tudo na capa se destaca individualmente na composição e as cores harmonizam entre si, dando uma ideia de algo alegre mesmo que com um tom de seriedade. A tipografia é simples e clara, formando uma base para a capa e intensificando o nome da banda e do album. O Asteroids é uma dessas pequenas revoluções musicais as quais ninguém dá a atenção merecida. A mistura de pop, soul e Motown (gravadora clássica dos anos 60) ganha um sabor todo novo nas mãos dos dinamarqueses, e esse segundo álbum é um aperfeiçoamento dessa fórmula. Vide "Heart Attack".

5ª posição – Strip Me (Natasha Bedingfield)

A capa da Natasha é basicamente um show de dinamismo e liberdade, a quantidade de elementos indo para todos os lados, voltando ou até circulando trazem uma ideia de liberdade, a qual é o ponto forte da musica que deu título ao album. A tipografia, de Art Decó, que leva o nome da cantora reforça todo esse movimento, enquanto a do nome do album é mais estático. O Strip Me é todinho, basicamente falando, uma declaração de independência das próprias amarras. Natasha canta, na faixa título, com seu tom de voz ligeiramente rouco e pitchy: “sou apenas uma voz em um milhão/ mas você não vai tirar isso de mim”. “Weightless” é toda sobre se sentir “livre do próprio peso”, e “No Mozart” brada a inutilidade de tentar ser perfeito. Talvez seja construído como uma utopia, mas Strip Me é um álbum irresistível.

 

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6ª posiçãoHold On ‘Till The Night (Greyson Chance)

O album do Greyson é, de primeira, uma composição tipografica, lembrando até cartazes all type com palavras que integram bem o album, como love, art, universe e etc, coisas que quem ouve nota de primeira. É como se o artista estivesse dentro do próprio album, das suas composições, ele e suas letras, mas não em um ambiente fechado, muito pelo contrario, até um tanto convidativo e espaçoso. Sentado num piano (quem acompanha o artista desde o começo sabe bem o quanto o piano foi marcante) com cortes de fundo que lembram um anoitecer. Pode ser visto como uma serenata, ou até como apenas um momento pra si, entre diversas outras analises pessoas de cada um. Destaque para a já clássica "Cheyenne" (que, antes de ser personagem de novela, era nome de música das melhores).

7ª posiçãoWe Sink (Sóley)

A islandesa Soley faz música como se o fizesse para um espetáculo de circo decadente e empoeirado, como um lamento de quem já esteve no auge e agora se vê encarando a vida de verdade. A capa traz bem o que pode ser encontrado no album, seu tom envelhecido e até triste traz pra "fora do album" como o CD é com seus instrumentais de piano e seu ritmo muitas vezes sombrio, lembrando um ambiente abandonado, porém podendo ser trilha sonora de qualquer momento vivido, até de um dia de verão dependendo do que se pensa no momento. O nome traz a sensação de algo que foi aranhado numa parede já envelhecida, a arte que envolve seu rosto é triste e sombria, causando um momento de reflexão em qualquer um que mesmo que não ouça apenas note a capa. O destaque fica para "Pretty Face".

8ª posição – Vanbot (Vanbot)

O synthpop meio sedado da Vanbot é criação da DJ sueca (é claro) Ester Ideskog. Ao lançar seu primeiro disco, auto-intulado, a artista optou por uma aquarela representando seu rosto, uma criação que é explorada no clipe do single “Numb”, que mostra a cantora posando para um retrato enquanto um artista preenche a tela com uma reprodução da capa. Infelizmente, ao contrário de várias de suas companheiras do synthpop sueco, Vanbot tem sido pouco reconhecida no cenário internacional. A qualidade de seu trabalho certamente merece mais destaque.

 

9ª posiçãoVoluspa (Golden Filter)

Voluspa é um album impar, e ao meu ver nao há muito o que comentar. Ele é assim, misterioso por si mesmo, sem dizer muito. É como um ritual de amor a natureza, é como o destaque no meio do nada, é como o fogo na terra seca, traz diversas interpretações. Pode lembrar a capa de um filme, assim como a tipografia trás esta estabilidade e foco em tudo. A capa é linda como um misterio, é admirável por si mesma, como uma pedra preciosa perdida num campo rochoso. Musicalmente, pode ser que o ouvinte não aprecie todo o brilho dessa pedra preciosa em uma primeira audição, mas o cuidado melódico e o equilíbrio perfeito do apelo pop que o grupo traz para o cenário musical são de valor inestimável. Para ser fisgado de primeira, vá direto para "Solid Gold".

10ª posiçãoThe Owls Are Not What They Seem (Sofia Talvik)

Na capa da Sofia parece que ela quer ser a coruja, como o nome do proprio album. Talvez das 10 capas essa seja a mais ligada ao seu título. Muito artistica e orgânica, carrega essa ideia de outono e de algo envelhecido, o que nos faz pensar nas musicas que estão nele, como por exemplo, ao ver todo esse ambiente é facil enxergar um circulo de amigos ali acampando e cantando ao som de um violão (como em “Circle of Friends”). The Owls é parte de um processo de evolução natural no som da cantora, que começou com canções mais básicas e acústicas, e hoje realiza uma música que combina elementos de folk clássico (soando como Joni Mitchell) com as investidas mais atuais – e pop – do gênero. É um belo trabalho que merecia ser mais ouvido.

(textos por iJunior e Caio Coletti)

Kylie on top em “Timebomb”.

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por Caio Coletti
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“Timebomb” é mais uma daquelas músicas de Kylie Minogue que, se emplacassem da forma como deveriam emplacar nas paradas mundiais, fariam do mundo pop um lugar melhor. O single solto, parte das comemorações de 25 anos de carreira da australiana em 2012, é um deleite de sintetizadores misturados com uma melodia pop por excelência. Descontraída e confortável com o belo corpo que possui do alto de seus 43 anos, Kylie mostra porque é a diva mais subestimada do planeta no vídeo dirigido por Christian Larson.

As comemorações da cantora incluíram também uma turnê calcada apenas nas b-sides, demos e raridades de sua carreira, a Anti Tour, que passou por Austrália e Inglaterra. Em Abril Kylie estreou o filme Jack and Diane, um romance acerca de um casal lésbico, no festival de Tribeca, e Holy Motors, no qual a cantora contracena com Eva Mendes, teve recentemente premiere em Cannes, onde foi aplaudido de pé.

Parece que 2012, para quem realmente presta atenção no mundo pop, vai ser um ano e tanto para Ms. Minogue.

AV #5: As novidades que não podem passar em branco.

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“Major” é o segundo single do segundo álbum da banda dinamarquesa The Asteroids Galaxy Tour. Depois da grudentíssima "Heart Attack", Mette Lindberg e companhia atacam de revolucionários no clipe que mistura cenas da banda em um grande galpão com takes de momentos históricos, como a queda do Muro de Berlim. O álbum, Out of Frequency, foi lançado 31 de Janeiro último, e segue sendo um dos mais surpreendentes do ano com sua mistura de pop e soul na alquimia única da banda.

“Move in The Right Direction” é o segundo single do álbum A Joyful Noise, o quinto da banda americana Gossip (mais detalhes sobre o álbum ali embaixo na sessão álbum do momento). Em oposição ao clima gótico de “A Perfect World”, o single anterior, o novo clipe se apóia no carisma da vocalista Beth Ditto, dançando ora com a banda ora com um grupo de bailarinos frente ao chroma-key, e em uma das melhores canções da nova coleção de inéditas da banda.

Um dos grandes nomes do ano passado em terras inglesas, o ex-técnico de guitarra Ed Sheeran lançou “Small Bump” como quinto single do seu álbum de estreia, o +. Uma de três canções nas quais leva sozinho o crédito pela composição, a letra aqui se refere a um “pequeno inchaço ainda não nascido”. Junte isso com o clipe que retrata Sheeran na sala de espera de um hospital e com certeza você matou a charada: trata-se de uma canção do pai-coruja. Sensibilidade e voz, no entanto, são o que não faltam.

“Sexy to Me” é mais um capítulo da novela de JoJo para o lançamento de Jumping Trains, seu terceiro álbum de estúdio e primeiro desde The High Road, de 2006. Adiado novamente para 16 de Junho, o álbum está prometido há pelo menos três anos, passou por processos legais com a Blackground Records e já mudou até de título e conceito desde então. Apesar da canção soar como uma sobra do Bionic de Christina Aguilera (o que, definitivamente, não é bom), resta esperar para ver se dessa vez o álbum sai na data prometida.

Álbum do momento:

A Joyful Noise (Gossip)

Não se assuste com a capa medonha (ou, na verdade, só esteticamente bizarra). O quinto álbum do Gossip pode muito bem ser a criação mais pop da banda até hoje. Se no igualmente ótimo Music for Men a banda respirava os ares rústicos do produtor Rick Rubin, aqui a direção e ditada por Brian Higgins. Para quem não conhece o nome do produtor, ele é quem você deve culpar quando "Believe", da Cher, fica grudada na sua cabeça por semanas a fio. Nada aqui é tão chiclete, mas é bem possível que você acabe cantarolando "Move in The Right Direction" e "Perfect World", os singles, e ainda se apaixone por "Involved" e "Love in a Foreign Place". Os ares pop fazem bem a Ditto e companhia.

Próximos lançamentos:

◘ 28/05 - Magic Hour (Scissor Sisters) – Ouça: "Only The Horses".
             - Fall to Grace (Paloma Faith) – Ouça: "Picking Up The Pieces".

◘ 29/05 - The Absence (Melody Gardot) – Ouça: "Mira".
             - What We Saw From The Cheap Seats (Regina Spektor) – "All The Rowboats".

◘ 04/06 - Heartbreak on Hold (Alexandra Burke) – Ouça: "Let it Go".

Notas de rodapé:

◘ Bruce Springsteen lança videoclipe simples, mas encantador em sua forma, para "Rocky Ground", do excelente álbum Wrecking Ball, lançado esse ano.

◘ Regina Spektor lançou videoclipe para "Call Them Brothers", parceria com Jack Dishel do Only Son, incluida no segundo álbum da banda, Searchlight. Uma segunda parceria está incluida nas faixas deluxe de What We Saw From The Cheap Seats.

◘ Norah Jones apresentou show completo no programa de David Letterman. Teve o Little Broken Hearts, o novo álbum, quase inteiro, e ainda sobrou espaço para alguns velhos hits. Dá pra ver tudo no NorahJonesVEVO.

◘ Hale Reinhart cantando “Free” em show do TouchTunes é um bom apertitivo para o recém-lançado álbum de estreia da moça, Listen Up!. Confira aqui.

◘ Adam Lambert performa “Cuckoo” na AOL Sessions. Assista.

◘ Kimbra postou vídeo ao vivo de “Settle Down”, gravado na casa de shows Bardot, em Hollywood. A moça australiana, aparentemente, já cruzou os oceanos.

◘ Paloma Faith, vestida de Ferrero Rocher (mas vamos ignorar essa parte), fez uma bela e intimista apresentação de "Just Be", faixa do vindouro Fall to Grace, no Later with Jools Holland. Assista aqui.

◘ Alanis Morissette cantou “Guardian” em performance no programa de Ellen DeGeneres. Guitarra cintilante, introdução de Katy Perry com direito a “ela foi uma das razões pela qual eu me tornei uma compositora”, e um pouquinho de playback. Confira aqui.

◘ Ainda na busca por turbinar o desempenho de seu single “Big Hoops (Bigger The Better)”, Nelly Furtado foi ao programa do britânico Alan Carr. Assista a performance aqui.

24 de mai. de 2012

Kelly Clarkson continua na seção de auto-ajuda com “Dark Side”.

por Caio Coletti
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Depois do sucesso absoluto de “What Doesn’t Kill You (Stronger)”, Kelly Clarkson resolveu continuar no filão da auto-ajuda e fez de “Dark Side” o terceiro single do álbum Stronger, lançado no ano passado. No clipe da canção, na qual canta sobre “todos termos um lado negro” e pergunta ao interlocutor “você me ama? você pode amar o meu?”, revezam-se takes de Kelly cantando com histórias paralelas de diversos personagens.

Passam pela câmera uma garota anorexica, um rapaz que sofreu bullying na escola, um homem traumatizado pela guerra (com uma prótese de perna), uma criança vítima de abusos sexuais e até uma mulher traumatizada pelo divórcio. Trata-se de um discurso até bastante contundente, mas que sofre da falta de uma sentença forte como a do single que o precedeu.

“Stronger” mostrou que a primeira vencedora do American Idol ainda tem força para emplacar um #1 nas paradas, e deu combustível para as vendas do álbum, que não havia alcançado números significativos.

21 de mai. de 2012

Novembro tem Bond! Saiu o primeiro trailer de “Skyfall”, o novo 007.

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por Caio Coletti
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Foi liberado hoje (dia 21) o primeiro trailer de Skyfall, o 23º filme da franquia estrelada pelo agente secreto mais famoso da Inglaterra. Daniel Craig reprisa o papel de James Bond nessa trama que envolve segredos antigos de M (Judi Dench) e um atentado direto ao MI6. Sam Mendes (Beleza Americana) é o sucessor de Marc Forster, que comandou Quantum of Solace, na direção.

O elenco coadjuvante conta com presenças ilustres como a de Ralph Fiennes como o misterioso superior do MI6 Gareth Mallory e Javier Bardem, cujo personagem, Silva, é o vilão da vez. As bondgirls ficaram por conta de Naomie Harris (a Tia Dalma de Piratas do Caribe) e da francesa Bérénice Marlohe. Neal Purvis e Robert Wade, veteranos da série desde O Mundo Não é O Bastante, comandam o roteiro ao lado de John Logan (Rango, Gladiador).

No trailer, vemos Bond em um jogo psicológico com um entrevistador, observado por M e Mallory atrás de um vidro espelhado. Quando o homem diz a palavra “Skyfall”, Bond lhe responde: “está feito”. Segue-se a isso uma série de flashes com edição estilo piscou-perdeu, e o preview arremata com um diálogo entre Bond e M em que o agente diz: “Há alguns homens querendo nos matar. Temos que matá-los primeiro”.

Skyfall estreia dia 02 de Novembro.

Billboard Music Awards 2012: Adele leva 12 troféus em premiação que mistura os gêneros.

por Caio Coletti
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Foi realizado ontem (dia 20) o Billboard Music Awards 2012, a segunda edição do prêmio que retornou em 2011, após 4 anos sem entrega de troféus. A cerimônia em Las Vegas consagrou, no espírito da maior parada musical do mundo, os artistas que tiveram melhor desempenho em diversas categorias no ano de 2011.

Entre os premiados, Adele levou uma dúzia das 18 indicações, entre elas Top Artist e Top Pop Album, para o 21, onde concorria contra si mesma. O Coldplay e seu Mylo Xyloto foram laureados 4 vezes, nas categorias de artista e álbum de rock e artista e álbum alternativos. A multiplicidade de gêneros continuou com “Party Rock Anthem”, do LMFAO, que levou Top Rap Song (?), Top Dance Song e Top Hot 100 Song, rendo responsável por três dos cinco troféus da dupla.

Por falar nisso, foi com uma performance do LMFAO que a noite foi aberta. RedFu e SkyBlu cantaram um medley de seus hits “Party Rock Anthem”, “Sexy and I Know It” e “Sorry For Party Rocking” (a performance pode ser vista aqui).

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A noite ainda teve Kelly Clarkson estreando o single novo, “Dark Side”, em performance um tanto intimista, mas vocalmente brilhante (aqui). Na concorrência pelo prêmio de Melhor Performance à-la-Michael-Jackson-sem-chegar-aos-pés-de-Michael-Jackson, vale dar mais crédito ao mentor Usher e seu elegante “Scream” (aqui) do que ao pupilo Justin Bieber e sua genérica-mas-bonitinha “Boyfriend” (aqui).

A tendência das boy bands também marcou presença com a fraquinha The Wanted cantando a música-tema do próximo Era do Gelo e a já conhecida “Glad You Came” (aqui). Teve também Chris Brown feat. playback com “Turn Up The Music” (aqui), Katy Perry – que infelizmente não parece gostar de usar o mesmo recurso – com “Wide Awake” (aqui) e a simpática Carly Rae Jepsen com, claro, “Call Me Maybe” (aqui).

Os dois destaques ficaram por conta de Carrie Underwood e sua garganta de aço cantando “Blown Away” e Nelly Furtando, inovadora e única como sempre, tentando levantar a bola de seu último single, “Big Hoops (Bigger The Better)”.

Por fim, a noite não seria completa sem um tributo a Whitney Houston, agraciada esse ano com o Millenium Award. A homenagem, apresentada pela atriz Whoopi Goldberg, contou com John Legend cantando “Greatest Love of All” e Jordin Sparks rendendo uma belíssima versão do clássico “I Will Always Love You”.

O momento é inevitavelmente comovente e, entre prêmios e performances contestáveis, é talvez aquele que será lembrado nos próximos anos.

19 de mai. de 2012

Anos 90: re-criando moda.

por Bebé Ribeiro
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Olá, queridos e queridas do mundo fashion! Pelo que vocês perceberam, os colunistas de moda d’O Anagrama estão dentro de uma máquina do tempo fashion trazendo de volta a vocês o mundo fashion das décadas anteriores. O Gui trouxe o setentismo de volta, mostrando a influência hippie que tomou conta da década de 70, a qual é embalada por muita música, calças boca-de-sino, black power e muitas outras extravagâncias. Já a Gabis relatou a força total dos anos 80, destacando o exagero presente na época, em que doses de glitter e neon reinavam as famosas pistas das discotecas. E agora estou eu na missão de contar um pouco mais sobre o mundo fashion numa década em que vivi minha infância: os anos 90.

Confesso que quando recebi a "ordem" de escrever sobre o período torci o nariz e já pedi pra escrever sobre os anos 60, porém meu pedido não foi aceito (né Caio! hahaha). Mas durante a pesquisa de material pra escrever pra vocês, percebi que a idéia que tinha sobre a moda noventista (existe? se não, oi neologismo) era equivocada. Apesar de pouca criatividade, na época houve o mais importante: transformação. A década de 90 veio para provar que realmente há um ciclo que envolve a moda, e este se tornou mais forte a partir desse momento.

Até a metade da década de 90, o exagero oitentista ainda tomava conta. Jeans coloridos e as blusas segunda-pele invadiram as vitrines, e houve uma maior atenção à moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, utilizando novos materiais, texturas e cores. Entretanto, no meio de todo esse boom de exageros há o minimalismo, com sua simplicidade e linhas retas, tendo como principais difusores Calvin Klein e Helmunt Lang, sempre explorando cores neutras, geometria no recorte das peças sempre com o lema "menos é mais".

Essa década respira o estilo Grunge, diretamente de Seattle. Kurt Cobain é considerado o grande mentor do movimento, o qual em pouco tempo ganhou força total. O Nirvana é a banda de maior exemplo, mas acabou logo em 1994 após a morte do líder. Outras bandas do movimento que surgiram na época foram Pearl Jam, Alice In Chains, Stone Temple Pilots e Soundgarden. O movimento também invadiu o guarda roupa dos jovens e de uma geração. As camisas xadrez de flanela (amo, eu e meu pai temos várias no guarda roupa), os jeans rasgados e os tênis all star viraram marca registrada desse momento fashion.

A época também foi marcada pela extrema valorização da marca, e apesar de ser menos chocante que a década anterior, foi uma época que deixou a desejar no quesito criatividade. Marcas como Levis, Gap, Banana Republic, New Balance e Ralph Lauren foram uniforme da maioria dos que não abriam mão de usar "roupas de grife”. Outros modismos da época que marcaram foi o moletom amarrado na cintura, usar bonés com a aba pra trás (EU USAVA AOS 3 ANOS DE IDADE, minha mãe sofreu com essa minha mania, rs) a Rollerblade Mania (quantas cicatrizes dessa época você ainda deve ter hein?).

Assim como o rock influenciou o movimento grunge a criar um próprio estilo de se vestir, o pop também tomou posição no quesito fashion. Duvido que você nunca usou nenhum modelito a lá Backstreet Boys ou então ficou dançando na frente do espelho com uma plataforma digna de uma spice girl. Agasalhos esportivos com um toque estilizado marcaram presença e deixaram de serem usados apenas em atividades físicas, mas também no cotidiano, sem contar no adeus à cintura alta, fazendo com que calças baixas e umbigos de fora fossem o novo must do momento.

Como pode se notar, a década de noventa não deixou a desejar pelo fato de reinventar modismos das décadas anteriores. Assim como criar, trazer algo novo utilizando algo que já foi criado é um desafio e tanto, principalmente a uma sociedade que estava constantemente mudando seus valores e estereótipos.

Este foi um resumão fashion sobre os 90’s, espero que tenham gostado desta pequena viagem ao passado. Dia 19 do próximo mês tem muito muito muito mais.Te espero aqui, hein? Não vá se esquecer, haha. Beijos.

Bebé Ribeiro escreve todo dia 19.

18 de mai. de 2012

A arte da litografia.

por iJunior
(TwitterTumblr)

Hoje irei apresentar para quem ainda não conhece uma forma de arte quase extinta, porém que foi muito usada no passado, a litografia. Lito (do grego “pedra”) é uma gravura, que envolve diversos processos complexos químicos e físicos em uma pedra, que será usada para produzir copias do que foi gravado nela, assim como um clichê. Atualmente a pedra usada não é tão fácil de ser encontrada e esse tipo de gravura já foi superado por vários outros ao longo do tempo.

Em 2012 fui a uma exposição no Caixa Cultural (Sé-SP), onde estavam expostas obras do artista Guilherme de Faria, e pude ver o próprio descrevendo suas obras, estas em que sempre se nota uma figura feminina. Ele as justifica dizendo que são sua Psiquê (a parte feminina de todos nós) ou a figura de sua mãe, mesmo com o nu, representado quase sempre de costas. O artista abusa da arte nos cabelos e consegue criar ótimas composições usando pouquíssimas cores, já que a litografia funciona como um carimbo.

Quem se interessar por este tipo de gravura pode pesquisar sobre, as informações são facilmente encontradas na internet, inclusive do processo de criação da pedra.

Algumas das obras do artista Guilherme de Faria:

 

 

 

 

 

 

 

IJunior escreve coluna de arte aos dias 17, e de opinião aos primeiros dias do mês.

17 de mai. de 2012

Você precisa conhecer: Dev.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Ok, eu sei que você já conhece a Dev. Mas acho que, ao mesmo tempo, poucos dos que passam os olhos por aqui realmente conhecem a música dessa americana de 22 anos nascida Devin Star Tailes, cheia de estilo (pela edição acima, aliás, deve-se crédito ao Tumblr do nosso colaborador iJunior) e, principalmente, de talento.

Joguemos primeiro as cartas que todo mundo já conhece: alçada à fama pelo Far East Movement, que sampleou a sua "Booty Bounce" no mega-hit "Like a G6", o sucesso da música, de cujo clipe Dev participa, deu a ela a plataforma para passar da mixtape …Is Hot para o primeiro álbum solo, intitulado The Night The Sun Came Up. Aí veio "In The Dark", de sucesso até considerável. O problema é que o resto, contrariando o ditado popular, não virou história.

“Dancing Shoes” é o caso mais gritante de canção que deveria ter sido grande, e não foi, no álbum da cantora. Toda a obra, aliás, é uma pequena pílula de sensibilidade pop. Dev passeia por estilos mantendo uma unidade muito forte, intercalando alguns momentos em que a melodia está a serviço de seu timbre doce com outros em que ocorre justamente o contrário: a voz de Dev se molda ao estilo e a produção brilhante do grupo The Cataracs.

Talvez tenha sido a longa pausa que a cantora precisou fazer no final do ano passado – ela deu a luz a primeira filha, Emilia Lovely, em Dezembro (“Dancing Shoes” data do início de Janeiro) –, mas nada que ela tenha lançado desde “In The Dark” colou. E não foi por falta de tentativa: teve o kitsch "In My Trunk", o glamouroso "Kiss My Lips" e até featuring com Enrique Iglesias, "Naked". Destaque, no entanto, para “Take Her From You”.

O Anagrama vem falando de Dev desde Agosto passado, e me permitam dizer que não é à toa. O álbum da cantora é uma das mais brilhantes obras pop do ano passado, e merece ser muito mais apreciado do que atualmente é. As intervenções de cordas, as batidas e criações atmosféricas das canções são, para dizer o mínimo, espetaculares.

Dia 23 de Maio próximo a MTV americana exibirá um especial focado na carreira da cantora e, especialmente, nos dificeis primeiros meses da filha da mesma, nascida com uma condição de saúde que exigiu uma série de cirurgias. O programa provavelmente não chegará para exibição no Brasil, infelizmente. Mas é mais um motivo para conhecer o trabalho dessa artista realmente excepcional.